Na manhã seguinte, a terra dos Rosenlonks recebeu quatro visitantes em belos cavalos, logo depois do almoço.
— Quem são eles? - perguntou Gorro pensando alto.
— Conheço o de cabelo ruivo! É Marcus, o sobrinho do dono do Circo Blefuscu! - disse Ana.
— Que diabos estão fazendo aqui? - perguntou severo, entrando rapidamente na tenda e colocando uma pistola escondida na cintura – Não venha comigo! - ordenou à esposa.
— Boa tarde, senhor! Meu nome é Marcus e esses são os meus amigos. Somos do Circo Blefuscu. Viemos nos consultar com as ciganas.
— Elas não estão trabalhando esta hora – dispensou o homem.
— Senhor, viemos de longe. Somos ciganos. Por favor, abra uma exceção. Compartilhamos da mesma fé...
— Será um prazer atendê-los – interrompeu Carmélia, enquanto se aproximava com as outras primas.
— Está tudo bem para o senhor? - perguntou Marcus.
— Elas já decidiram.
Gorro voltou para tenda como um louco e saiu chutando cadeiras e quebrando vasos.
— Isso não vai ficar assim! Eu mando aqui!
— Calma, Gorro! O que aconteceu?
— Estou sendo desrespeitado! Não quero ninguém passando por cima das minhas ordens! - gritou – Não admito ser questionado!
— Pare com isso! Você não é Deus! Pare de quebrar as coisas! — começou a chorar - Gorro! Estou cansada! Você me fez tantas promessas... Olhe como estamos! Você enlouqueceu!
Ele deu um tapa forte no rosto dela - foi a primeira vez.
— Seja mais grata! Estou cansado do seu choro. Você era tratada como lixo quando te conheci. Eu fiz um grande favor! - disse, a deixando sozinha.
Ana estava soluçando de tanto chorar. Quando Gorro saiu para ver como se comportavam os visitantes do Circo Blefuscu, a jovem pegou um cavalo no estábulo e fugiu.
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Ana de Luz e o Circo da Alegria
ChickLitUma senhora, nascida em 1929, resolveu me contar sua história: uma infância solitária na mansão de tia Ofélia e uma juventude embevecida por um homem temido, vinte anos mais velho, dono do circo da cidade. Você vai se emocionar!