Capítulo 18

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Fui no céu e voltei quando vi a foto da Verônica com o Breno.

Rebanho de paparazzi miserável, rebanho de fofoqueiro, rebanho de filho da...

-Melissa? Calma.- o Jackson chega com dois copos de milk shake. -É só uma foto, isso não significa nada!- se senta.

-Não é uma foto, Jackson. Nós estamos em processo de divórcio! O Breno deveria ter um pouco de consideração por mim, poxa! Tá todo o mundo comentando! Até meus pais perguntaram.

Ele me olha, entediado e concentrado no seu copo.

-Você ainda é afim dele.- cantarola.

-Você é um imbecil.- cantarolo de volta.

-O que seus pais perguntaram?

-Eu não respondi.- balanço os ombros.

-Estou derretendo de calor, Melissa. E só de te olhar eu derreto.

Estava de moletom, calça jeans, boné e óculos escuro. O Jackson me arrastou pra fora de casa e me trouxe até uma sorveteria.

-Respeita meu momento, Jackson!

Ele dá um sorrisinho e tomamos nosso milk shake na paz, falando sobre bobeira.

O Felipe me liga e eu respiro fundo. Forço um sorriso e eu atendo a chamada:

-Fala, maninho!- jogo o dinheiro na mesa e o Jackson faz o mesmo. -O que pega?

-Aqui nada, mas aí sim né?

Saímos da sorveteria e eu jogo minha cabeça pra trás, fazendo sinal para o Jackson.

-Não entendi.

-Aquela foto do Breno com a Verônica. Eles estão...?

-Eca! Não termina, Felipe!- atravessamos a rua. -Eles só são... Amigos.- dou de ombros e o Jackson dá uma gargalhada alta.

-Quem está ai?

-Um amigo meu que riu de um meme.- dou uma cotovelada no Jack.

-Você sabe que pode contar tudo pra mim, né Mel? Sabes que estarei ao teu lado até o fim.- sorrio.

-Para, Lipe! Tô emocionada!- Jackson sorri e abre a porta do carro pra mim. -Te amo daqui até o sol.

-É bilateral. Qualquer coisa é só ligar.- sorrio e desligo a chamada.

Entro no carro com um carão. Tiro o boné e o óculos.
Jackson entra com uma cara de "você precisa contar", mas eu simplesmente o ignoro.

Ee vai o caminho todo cantando as músicas da rádio e eu tentei não pensar no Breno e na Verônica.

Merda. Acabei de pensar.

-Chegamos, senhorita!- ele encosta o carro e abaixa o volume.

-Obrigada, Jack.- respiro fundo, pego meu celular e tiro a bateria. -Se eu pudesse, ia passar uns dias no fim do mundo.- reviro os olhos.

-Por que não vai?- ele abaixa o retrovisor e começa a mexer numa espinha, que até então não tinha visto, no queixo.

-Tenho muita coisa pra fazer nessa semana.- bufo.

-Tira um tempo pra ti.- ele balança os olhos.

-Não faz isso.- tiro o cinto. -Mancha o rosto.- reviro os olhos. -Homens...- resmungo.

-Modelos...- ele bufa. -Tenho que ir pro trampo. Va-za.- ele faz sinal e se acaba de rir. -Qualquer coisa, me liga. Eu venho te socorrer.

-Sim senhor, SAMU.- eu pisco e ele ri.

O Idiota do Meu MaridoOnde histórias criam vida. Descubra agora