Epílogo

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-Fruta que caiu, você está linda.- digo para mim mesma quando me olho no espelho do banheiro do cartório.

Dois meses depois do nascimento dos gêmeos, arrumamos a papelada para casarmos no cartório mesmo, sem festa extravagante.

Muita coisa aconteceu nesse período.
Voltei às redes sociais, comecei a escrever um novo livro e estou com data marcada para o lançamento da minha primeira coleção de roupas.

Voltei com tudo.

Sorrio para mim mesma, feliz, apesar de tudo o que passei.

Saio do banheiro e dou de cara com a Lucy segurando o Arthur.

-Toma. Ele não para de chorar!- ela me entrega o bebê. -É por isso que eu não quero filhos. Quero ter pra quem devolver caso o bebê chore.- sorrio.

-Isso é hora de você ter fome, querido?- me aproximo do meu pai.

-Filha, a Antonella também deve estar com fome.- meu pai aparece todo sem jeito com a Maria Antonella nos braços.

-Pai, cuidado com ela. Segura direito.

-Mel, eu perdi a prática!- ele reclama.

-Vem, seu Rafael. Me dá essa criaturinha.- Lucy me socorre.

-Cadê o Breno? Já está na hora!-começo a me desesperar.

-Melissa, não chora.- meu pai pega as bolsas dos bebês. -Ou então serão três bebês para socorrermos!- Lucy acha graça.

-Pai. Eu não vou chorar. Só vou matar o Breno assim que ele aparecer na minha frente.

-O Breno não teria coragem de te deixar aqui.- Lucy diz. -E você vai babar por ele assim que aquele rosto lindo aparecer no seu campo de visão.- reviro os olhos.

-Eu não ligo se o Breno vai me deixar aqui ou não.- minto.  -Eu só quero que ele os faça parar.- digo e balanço o Arthur.

-Mel, você tem que sentar e dar mama.- meu pai diz. -Sua mãe ficou de vir com o Breno, estou preocupado. Vou ligar pra ela.

Me sento com a Lucy ao meu lado e meu pai deixa as bolsas em outra cadeira, avisando que voltaria em breve.

Como eu sabia que isso poderia acontecer, o vestido que eu estou usando é confortável para amamentar.

Aos poucos o Arthur vai se acalmando, assim como a Antonella, que estava com a Lucy.

Instantes depois, Breno aparece apressado e sorrindo.

Fecho minha cara assim que o vejo. Me levanto e piso firme até o meu ex/futuro marido.

-Breno. Você é um idiota! Quer que eu te deixe plantado aqui?!- ele ri e pega o bebê número 1 no colo.

-Vamos? Temos alianças para trocar.

Não consegui matar o Breno. A Lucy tinha razão, estou babando. Meu Deus do céu, como o Senhor fez uma pessoa tão linda para ser minha?

Me recomponho e pego a Maria Antonella no colo, observando a Lucy pegar as bolsas dos bebês.

Entramos na sala do cartório com os gêmeos porque eles representam muito para nós; vão além do que a gente imaginou que seriam.

O juíz segue com a leitura do documento e ele abriu espaço para que nós pudéssemos falar.
Sorrio, agradecendo, e entrego a Antonella para minha mãe. Observo o Breno entregar o Arthur para a Thalita.

-Eu começo.- limpo a garganta.

Não precisava ler nada porque estava com tudo decorado ba minha mente. De trás para frente.

O Idiota do Meu MaridoOnde histórias criam vida. Descubra agora