Capítulo 11

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Não fiquei chateada pelas duras palavras que o Breno me disse.

Quem ama, corrige.

E, indiretamente, foi isso que fez.

Mordo a cabeça do lápis enquanto espero um homem me atender ao telefone. Ia seguir o conselho do Breno de contratar uma secretária.

-Eu encontrei cinco pessoas, senhora Cavalcantti.

-Envia o currículo delas para o meu e-mail e peça para que elas venham, por favor.

-Tudo bem. Nossa agência agradece.

Encerro a ligação e trato de verificar meu e-mail, tendo acabado de receber, o da agência.
Leio os currículos para saber o que me aguardava e, num outro e-mail, o homem que me atendeu disse que marcou a primeira entrevista para às 9h da manhã do dia seguinte.

Faltava muito.

Pego meu celular novamente e ligo para a Ammy.

-Alô? Am?

-Alô? Oi Melzinha! Tudo bom?

-Tudo sim. Está ocupada hoje? Estou com um tempo livre pra conhecer minhas japinhas.

-Eu faço questão de abrir espaço para ti. Onde que a gente se encontra? Olha, tem um parque de diversões no centro da cidade. Tu não deve se lembrar, mas verás uma roda gigante enorme!- rimos.

-Eu tô sem carro hoje. Posso te encontrar no fim da tarde? Vou ficar com o Felipe.

-Claro! É bom que o sol está um pouco mais suave. Combinado! As meninas e o Ti vão amar.

-Big beijo, Ammy!- sorrio e termino a ligação.

Jogo o lápis longe e me espreguiço, colocando o celular no bolso e indo para o primeiro andar. Estranhamente a campanhia toca e eu me surpreendo quando vejo o Felipe com a cara de bebê na porta da minha casa.

-Oi!- eu o abraço e ele me tira do chão. -Estou atrasada?- ele ri e eu fecho a porta.

-Eu que vim logo.- ele se senta. -Essa casa parou no tempo?- rio e reviro os olhos, me sentado de frente.

-Quer alguma coisa?

-Não. Estou satisfeito. Eu estou tão exausto!- ele bufa. -A Nayla fica o tempo todo falando do casamento...- revira os olhos. -E olha que ela é vegana, Melissa!- rio.

-Graças a Deus que eu não planejei absolutamente nada do meu.- ergo as mãos e ele ri. -É normal a Nayla ficar falando do casamento, Felipe.- dou de ombros. -É natural.

Eu e o Lipe ficamos conversando até a hora do almoço. Tomei um banho rapidinho e vesti um macacão jeans com um cropped. Calço um sapato branco e faço uma maquiagem de leve.

-Tô pronta.- coloco um óculos no rosto. -Onde almoçaremos?

-Numa churrascaria, ué.- eu tranco a porta e ele ri.

Em quarenta minutos nós estávamos sentando à mesa com um pratão de comida.

-Céus.- guardo o óculos escuro e passo a língua nos lábios. -Que fome!- começo a comer.

-Nem me fala.- diz com a boca cheia. -Verdade que o Breno comprou uma clínica?

-Anham. Ele estava super empolgado. Fico feliz por ele, depois de tantos anos sem seguir tal carreira.

-E você? Vai lançar mais algum livro?

-Eu nem sei, Lipe. Essa fase já passou. Eu não tenho tempo.- dou de ombros.

O Idiota do Meu MaridoOnde histórias criam vida. Descubra agora