Narrado por Joe.
Sinto o olhar de Demi em mim enquanto faço as panquecas que ela tanto gosta. Demi já está devidamente vestida, sentada no balcão da cozinha, com uma xicara de café na mão. Depois de transarmos na minha cama novamente, e mais uma vez no banho, decidimos que deveríamos agir como duas pessoas normais e partir para viver a vida. Eu ainda tinha que me encontrar com o novo papai do ano no mercado para termos nossas conversas de sempre. Demi disse que tinha que passar na livraria para terminar a faxina pesada que está fazendo por lá. Tínhamos planos, separados, e não podíamos ficar o dia inteiro na cama, transando como um casal novo.
Casal.
Essa palavra me assusta um pouco. Nunca me senti assim antes. Eu já saí com uma mulher mais uma de uma vez, mas nunca me considerei parte de um casal. E também, nunca fiquei com uma pessoa que realmente me importava. Com Demi era diferente. Tinha coisas em jogos. Sentimentos em jogo. Bons e ruins. Leves e pesados.
- Você vai queimar minha panqueca e eu vou ficar zangada. –a ouvi resmungar e sorri, pegando o prato que ela me estendia-
Coloquei duas panquecas no prato. Peguei o frasco com calda de chocolate e coloquei uma quantidade excessiva por cima das panquecas, ouvindo o suspiro de Demi do meu lado. Peguei então a lata de chantilly e coloquei uma boa quantidade também. Depois peguei o prato e caminhei até Demi, parando no meio de suas pernas e sentindo suas pernas rodearem meu quadril quase que involuntariamente.
- Sente o cheirinho. –falei aproximando o prato um pouco do seu rosto, com um sorriso discreto nos lábios-
Demi fechou os olhos e se aproximou, cheirando o que tinha no prato. Antes que ela se afastasse, fiz o que é típico de um cara como eu. Passei o chantilly na sua cara, ouvindo-a arfar. Ri como uma criança, tentando me afastar quando ela tentou bater em mim, mas a doida ainda estava com as pernas cruzadas na minha cintura, por isso não pude ir muito longe. Eu ri, aceitei os dois tapas que ela acertou no meu peito e lhe alcancei um pano, vendo-a se limpar.
- Não cresce nunca, idiota? –ela perguntou e eu passei o polegar por um pouquinho de chantilly que ficou em seu queixo-
Não respondi, apenas sorri, larguei o prato no mármore ao seu lado e me aproximei. Ela suspirou quando beijei seu queixo. Passou suas mãos pela minha nuca e eu beijei seu pescoço, apertando de leve suas coxas cobertas pelo jeans apertado. Senti meu membro ficar rígido e ela sentiu também, porque eu só usava uma bermuda de moletom, e não consegui ser muito sutil quando a puxei com um pouco mais de força.
- Eu preciso ir para a livraria. –ela murmurou e eu arrastei meus lábios pela sua mandíbula- E você precisa fazer compras. –ela falou eu sorri de leve, mordiscando seu lábio inferior- E eu preciso comer suas panquecas. –ela falou e eu ri de leve, lhe selando os lábios brevemente-
- Linda, é você que está me segurando. –sussurrei contra seus lábios e ela pareceu notar que tinhas as pernas firmemente me prendendo-
Seu rosto corou e ela me soltou, enquanto eu ria de leve. Mesmo assim, segurei seu rosto com as duas mãos e a beijei fortemente. Minha língua encontrou a sua, e eu senti os pelos da minha nuca se arrepiarem. Minha vontade era leva-la para a minha cama novamente, ou nem esperar até chegar na cama. Eu moro sozinho mesmo, qual o problema em transar na cozinha?
Suas mãos frias entraram em contato com meu abdômen nu e ela correu as mesmas até minhas costas, me puxando mais para ela. Senti seus dentes morderem meu lábio inferior, e depois senti sua língua passando pelo lugar que ela havia mordido. Grunhi algo e puxei suas pernas novamente, enquanto o beijo só ia esquentando mais e mais. Não demoraria e estaríamos nos embolando e nos despindo novamente. E eu não tenho do que reclamar. Se embolar e se despir soa muito bem para mim.
- Hm. –a ouvi resmungar e me empurrar fracamente, mas o suficiente para que eu a soltasse- Calma, eu estou com fome. –ela falou e eu ri, deitando minha cabeça sem eu ombro-
- Eu também. –sussurrei em seu ouvido de forma maliciosa e vi sua pele se arrepiar-
- Se você não parar com isso, eu não vou conseguir sair dessa casa hoje. –ela murmurou sorrindo e eu sorri também-
- Isso soa bem para mim. –falei e beijei seu ombro antes de me afastar-
Assim que ficamos longe, ela ajeitou seus cabelos desgrenhados e pegou o prato com as panquecas. Servi uma caneca de café para mim e sorri de leve quando a ouvi resmungar alguma aprovação assim que provou as panquecas. Ainda sentia minha pele arrepiada, e ainda sentia um lev desconforto no meio das pernas, por isso tomei meu café e saí da cozinha. Sentia-a me observar enquanto caminhava pela sala. Parei na janela e observei o dia ensolarado que fazia. Franzi o cenho ao observar um carro na calçada, em frente a casa de Demi. Não reconheci o modelo, e me virei para olhar Demi que já caminhava para a sala também.
- Tem um carro na frente da sua casa. –murmurei e ela franziu o cenho, se aproximando de mim-
Parou ao meu lado e observou na janela com o cenho franzido.
- Conhece? –perguntei-
- O carro? –ela perguntou e eu assenti- Não. –ela deu de ombros, ainda olhando a janela-
Alguém desceu as escadas da sua varanda. Eu não consegui reconhecer prontamente, mas Demi sim.
- É o meu pai! –ela falou surpresa e eu a olhei-
- O que mora em Londres? –perguntei e ela riu, se afastando e pegando sua bolsa-
- Eu tenho mais de um? –ela perguntou e eu bufei- Preciso ir. –ela falou, parou na minha frente, se ergueu nas pontas dos pés e me beijou brevemente. Segurei sua cintura e retribui o beijo- Depois a gente se fala. –ela falou e eu assenti, a puxando para mais um beijo quando ela tentou se afastar-
Enquanto a observava ir, sorri gostando a intimidade que parecemos ter criado depois de passarmos a noite juntos. Era bom. Bom demais para minha própria sanidade.
- Demi. –chamei e ela me olhou, já na porta- Eu gostei muito da noite. –falei e ela sorriu- E da manhã também. –falei e seu sorriso aumentou- E do banho. –continuei e ela riu, assentindo-
- Eu também. –ela falou e abriu a porta-
- Demi. –chamei de novo e ela voltou a me olhar-
- O que? –ela perguntou e eu ri de leve-
- Nada. Esquece. –falei e ela franziu o cenho, mas mesmo assim deixou para lá, saindo de casa e fechando a porta-
Bebi mais um gole de café e sorri. Sinto que devia tê-la informado sobre os dois chupões que ela tem no pescoço. Mas afinal, eu nunca faço as coisas da forma que devia.
*****
Tá ficando cansativo eu me desculpar pelos sumiços, certo? Estou tentando melhorar sobre isso, mas acontece que no momento estou escrevendo ao total de NOVE histórias ao mesmo tempo. São tantas ideias, tantos planos, tantos casais, que a cabeça da Tia Adri está uma grande confusão. Peço paciência.
Volto em breve. <3
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Stay with me [JEMI]
FanfictionDemi conheceu Colin em uma festa da faculdade. Foi praticamente amor a primeira vista, e pela primeira vez, Demi realmente quis se entregar para o amor. Ela soube quando o viu que Colin seria uma peça extremamente importante na sua história. E estav...