27. He would not be proud

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Narrado por Joe.

- Como foi seu final de semana, Senhor Jonas? –ouço uma aluna perguntar assim que entro na sala de aula-

- Não tão animado quanto o de vocês, eu garanto. –eu falei e ela sorriu para mim, se ajeitando na sua classe. Coloquei meus livros na minha mesa e me sentei na beirada da mesma, observando meus alunos- E aí? O que aprontaram? –perguntei, pegando no ar uma bolinha que foi jogada na minha direção-

- Teve uma festa na casa do Elliot ontem, Senhor Jonas. –um aluno falou e eu toquei a bolinha na direção dele que a pegou, rindo de leve-

- Festa em pleno domingo? Ah, a adolescência. –murmurei e eles riram- Mas já que todos se juntaram, eu suponho que tenham estudado para a prova de hoje... –falei, pegando as folhas de dentro da minha pasta enquanto ouvia resmungos- É, é, eu sei, todos muito animados para a prova. –brinquei e ajeitei os papeis nas minhas mãos- Quem aqui sabe sobre o que vai ser a prova? –perguntei e um aluno no meio da sala ergueu sua mão prontamente. Meu prodígio, como sempre- Você sabe? Wow, estou chocado! –brinquei e ele sorriu, meio tímido-

- É sobre a revolução francesa, senhor. –ele falou com o rosto vermelho e eu assenti, sorrindo-

- Certo. –falei- Quem estudou? –perguntei e todos levantaram a mão- Ok, e quem estudou de verdade? –perguntei e rindo, mais da metade abaixou a mão- Assim eu morro de orgulho, galera. –debochei e ouvi mais risadas-

Eu era conhecido no colégio por ser o professor engraçado. Gostava desse titulo, já que a maioria dos alunos me adorava. Era legal ter esse convívio com eles. Deixa-los ter liberdade para conversar comigo de igual para igual, mas ainda assim ensinar que eles precisam me respeitar. Gostava de ter a confiança dos alunos, isso era muito importante.

Comecei a distribuir as provas, colocando uma folha em cada mesa. Não conseguia lembrar o nome de alguns, mas sorria para todos, sendo sempre retribuído.

- Amigo, só por essas olheiras, aposto que você é o Elliot. –falei e o menino ruivo sorrio para mim, com a cara inchada de sono-

- Acertou, senhor Jonas. –ele falou e eu ri, batendo de leve em seu ombro-

- Se deu bem, pelo menos? –perguntei, já passando por ele e seguindo adiante na fileira-

- Sempre. –ele resmungou rindo-

- Meu garoto. –falei rindo-

- Senhor Jonas, o senhor está tão bonito hoje. –uma garota murmurou assim que coloquei a prova na sua mesa-

- Como sempre, querida. Assim como esse seu caderno ai no seu colo que eu consegui enxergar assim que entrei na sala de aula. –falei e ela soltou um suspiro, fazendo uma careta e me fazendo rir- Se vai colar, faça direito, pelo menos. Não esfregue na minha cara sua cola. –falei e ela riu, assentindo e revirando os olhos-

- Obrigada pelo conselho. –ela disse e eu sorri-

- De nada. –falei-

Assim que terminei de entregar as provas, me sentei na minha cadeira e bati na mesa.

- Valendo! –gritei e eles começaram a escrever-

Sorrindo, coloquei meus pés cruzados em cima da mesa e peguei meu celular. Ouvia alguns murmúrios baixinhos, mas ignorei. Deixaria meus meninos debaterem.

Meu sorriso se fechou assim que reparei que Demi ainda não havia respondido minhas mensagens. Eu não a via desde sábado de manhã, quando ela saiu da minha casa e foi de encontro com o seu pai. Conversei no mercado com Bob naquele dia, e ele me aconselhou a ir com calma. Não a procurei no resto do fim de semana, apenas ontem de noite lhe mandei uma mensagem que foi visualizada e não respondida. Ela estava me ignorando.

Stay with me [JEMI]Onde histórias criam vida. Descubra agora