Capítulo 2

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Era segunda-feira, o dia que eu mais odeio da semana, porque é o começo de toda a merda da semana.

Zoe passou na minha casa, e nós seguimos juntas para a escola, enquanto ela me pertubava sobre você está lá comigo.

— Então.. - ela pronunciou e me olhou com um sorriso no rosto. — Não vai me contar mesmo o que está rolando Jenn?. - ela perguntou.

— Zoe, caramba! Pela milésima vez, não está rolando nada, eu não sou maluca, tá legal? Eu subi, e ele estava lá com os amigos dele. Eu passei correndo, e ele apareceu lá. - expliquei pela milésima vez.

— A qual é Jenn?!. - ela disse, e eu à olhei séria. — E se ele tiver afim de você?. - ela perguntou, e eu à olhei novamente.

— Zoe, você é maluca! E se ele tiver, o problema é dele. - eu disse.

— Você não vai ficar?!. - ela perguntou indignada.

— Ficar o que?. - perguntei.

— Com ele Jenn!. - ela disse parando à minha frente, e andando de costas, enquanto me olhava com aqueles olhos azuis.

— Zoe!. - eu disse. — Para, eu não vou ficar, fica você! Você é líder de torcida, e ele é capitão do time. - eu disse.

— E daí? Isso não tem nada a ver. - ela disse.

— Olha, eu não vou ficar, okay? E não vai espalhar essa sua teoria de que ele está afim de mim. Não conta nem para a Beca. - eu disse.

— Eu não vou contar, mas ele está afim de você sim, não é teoria. - ela sorriu.

— Ainda bem que eu tomei meu calmante antes de sair. - eu disse.

— E os seus pulsos? Melhores?. - ela perguntou.

— Doendo, mas não mais do que a minha cabeça. - eu disse.

— Se quiser remédio, é só falar comigo. - ela disse.

Quando chegamos na escola, entramos direto, e paramos quando chegamos perto da Rebeca.

— Oi Jenn. - ela disse.

— Oi. - eu disse.

Eu nunca fui muito com a cara dela, ela era mais amiga da Zoe.

— Oi Zoe. - ela à abraçou.

— Oi Beca. - ela sorriu.

— Eu vou guardar minhas coisas. - eu disse.

Então eu entrei, e deixei as duas conversando, os assuntos da Rebeca nunca eram bons, era sempre sobre meninos, e esse é um assunto sobre o qual eu odiava falar.

Eu estava guardando minhas coisas no armário, quando um dos seus amigos passou.

— Oi Jenn, eu posso te chamar de Jenn?. - ele perguntou.

Eu me virei, e olhei para ele.

— Oi.. - respondi.

— Felipe. - ele disse.

E ai ele saiu andando.

Era só o que me faltava, seus amigos, achando que são meus amigos, por me virem naquele dia. E não ele não podia me chamar de Jenn, ele nem me conhecia.

Assim que ele saiu, eu revirei os olhos, e respirei fundo.

...

Quando a hora do recreio chegou, esperei como sempre, todos descerem, para descer, porque aquela multidão toda se esmagando naquela escada é insuportável.

Desci devagar, e sozinha, porque a Zoe sempre me espera lá fora, no pátio.

Caminhei até meu armário para guardar minhas coisas, o abri, e olhei para a foto do pai.

Ele faz muita falta, principalmente em casa, mas é melhor ver ele assim, longe, do que ver ele e a minha mãe brigando todo dia, porque essa era a única coisa que ela sabia fazer.

— Oi. - você disse assim que eu fechei o armário.

— Que susto. - sussurrei grudando a testa no armário.

E eu escutei sua risada novamente.

Levantei a cabeça respirando fundo, e te olhei. Seus olhos verdes eram penetrantes, e você fez meu corpo se arrepiar pela segunda vez, Jace.

— O que você quer?. - perguntei.

— Jenn.. - eu te interrompi.

— É Jennifer, e diz logo o que você quer. - eu disse.

— Jennifer. - você pronunciou me olhando, como se me perguntasse: "satisfeita?". — Você está melhor? Sabe, aquele dia, você parecia péssima. - você disse.

Eu nem sabia o que te responder, porque eu sabia que você não estava interessado de verdade, a final, porque você se interessaria por uma pessoa como eu?

— Estou bem. - eu disse passando por você, mas ai, você colocou o braço na frente.

— E os seus pulsos, eu vi que estavam sangrando. - você disse.

— Isso não é da sua conta. Você deveria cuidar mais da sua vida, Jace. - eu disse.

Você me olhou arqueando as sobrancelhas, e sorrindo de lado levemente, o que te deixou ainda mais bonito, confesso.

— Então sabe meu nome?. - você perguntou me olhando.

Eu não queria que pensasse que eu era uma das suas "fãs" da escola, porque eu não era mesmo, mas eu não sabia o que dizer.

— E quem não sabe? Você é o capitão do time de futebol, é cheio de fãs na escola. De cem assuntos que percorrem a escola, noventa e nove, são sobre você. A sua vida é um livro aberto Jace, Deus me livre. - eu disse.

— Deus te livre por que Jennifer? Tem coisas à esconder?. - você perguntou.

— Não. - respondi.

— Hum. - você murmurou, rindo em seguida.

Eu te olhei, e depois saí andando, o mais rápido possível, e para o mais longe possível de você.

Porque na verdade, eu devia ter ficado longe de você, desde o começo Jace.

JennOnde histórias criam vida. Descubra agora