Capítulo 32

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                P.O.V Jace

Eu espero que você possa me escutar daí de cima Jenn..

Eu nem terminei de ler a carta, eu parei de ler quando você disse "pelo menos não viva".

Eu estava de calça de moletom, e tinha praticamente acabado de acordar.

Eu dei um pulo da minha cama, sentindo meu coração acelerar na última velocidade possível.

Eu desci as escadas da minha casa como um flash. Não estava nem conseguindo raciocinar direito. Não lembrei que tinha um carro, nem que com um carro eu chegaria mais rápido e comecei a correr para a sua casa.

Eu corri o mais rápido possível.

Eu estava tremendo, morrendo de medo. Meu coração estava batendo na minha garganta, e eu ainda não estava chorando.

"Você tinha que estar viva".

"Ela não estava falando sério".

"Ela está viva, é claro que ela está viva".

"Ela não pode me deixar aqui".

Eram as únicas coisas que passavam pela minha cabeça, eu não queria nem pensar que você estava mesmo morta, não queria nem cogitar a ideia de que você não estava mais aqui.

Você não podia morrer Jenn.

Eu estava ficando sem ar, porque a sua casa não era tão perto da minha, ficava uns dez quarteirões de distância, mas eu não parei nem por um segundo.

Nem para recuperar o ar, nem para descançar as pernas.

"É claro que você não estaria morta, a sua mãe estava em casa de noite".

Eu ia pensando essas coisas enquanto corria. Porque se você morresse, a minha vida perderia todo o sentido, eu não ia saber o que fazer, nem como viver sem você Jennifer.

E agora, eu estou perdido.

O que todos iriam pensar de mim? O que o seu pai iria pensar de mim por não cuidar da filha dele como ele pediu? O que a Zoe iria fazer? Ela ia morrer do coração. E a culpa era toda minha.

Porque.. Eu te matei Jenn.. Me desculpa?

Quando eu cheguei a sua casa, fiquei tocando a campanhia sem parar, enquanto recuperava meu ar.

Eu estava apavorado, tremendo como nunca, nunca havia tremido na vida.

Eu não fazia ideia de que horas eram, e se a sua mãe ainda estaria em casa. Eu só sei que demorou uma eternidade para destrancarem a porcaria da porta.

Eu estava ficando louco com a demora. E estava pensando seriamente em arrombar a porta da sua casa.

Tudo para não te deixar partir Jenn, tudo para ter pelo menos a chance de salvar você.

Quando a sua mãe finalmente abriu, eu nem consegui respirar aliviado.

— Jace?. - ela disse.

Eu passei por ela correndo, e subi as escadas indo até a porta do seu quarto, a porta estava trancada.

Meu coração disparou novamente, e eu comecei a bater nela.

— Jennifer! Jennifer. - chamei enquanto socava a porta. — Por favor abre, por favor. - eu pedi na esperança de que você abrisse, e me mostrasse que não tinha mesmo morrido. — JENN!. - gritei socando a porta.

— Você está maluco?. - a sua mãe perguntou.

— Você viu ela ontem? Você falou com ela?. - perguntei.

JennOnde histórias criam vida. Descubra agora