Demorei reunir tantas informações. Pensei de início, lhe poupar, sim lhe poupar, até que compreendesse bem o mal que representa a Iasmin. Talvez até agora tudo seja bem confuso- Quem é, realmente, Iasmin Vitali?
Lamento; Não posso narrar em primeira pessoa; parece irônico mas não poderia fingir ser alguém que não sou. Então espero que se contente com a maneira mais próxima que conto essa história. Sei que quer saber como e onde eu estou agora. Porém não se pode haver um fim sem meio e muito menos sem começo.
...
Ela acordou! Desviou a rota do taxi. Sentiu dentro de si, que já havia dormido tempo demais. E tempo é dinheiro. Não vestiu suas vestes, arrumou o cabelo, ou tirou o maldito óculos a qual detestava. Ela era ela vestida de Manuela.
- É aqui? - Perguntou o motorista.
- É.
Subiu o prédio que deixava às vistas tontas. Teve uma permissão fácil pelos moradores do apartamento. E ao entrar no elavador encararou intimidadoramente uma jovem que a secava dos pés à cabeça (Betany Maxi). A mesma até tentou segui-la, porém o elevador fechou.- Estranhei quando a portaria disse que era você. Nossa; você é mesmo a Iasmin?- Estranhando os trajes.
- Me poupe; Caile. Cadê o Vasco? - Em um tom autoritário. A outra desentendeu.
- Viajou. - Caile Maria estava centada na cama com a taça de champanhe. Iasmin colocou a bebida para si, e continuou inexpressiva com a notícia.
- Fugiu. E o meu dinheiro? - Perguntou áspera. Caile deu gargalhadas jogando-se no colchão, desbruçando-se do conforto e maciez da cama.
- A essas alturas acha que vai ver a cor do dinheiro? Acorda! Faz dias que ele recebeu e fugiu. - Deboxou até o último minuto. Iasmin revirou os olhos e sorriu impaciente. Jogou-lhe o champanhe na cara. - Você enlouqueceu? Sentando-se.
- Ninguém me diz o que fazer. - Ela pôs seus olhos sobre os dela. Eles traziam o arder das sombras, o tom perigoso e psicótico. A outra quis de início mostrar-se intrépida, fracassou inevitavelmente. - Ele vai ter o que mereçe. Se pensa que vai me passar a perna está mui enganado, capite? Isso vale para você.
- Ata. E precisava me molhar toda? Essa roupa é cara! - Ergueu-se, foi ao closet pronta para procurar algo melhor. - Se quiser posso ver algo para você. Está horrível nesses trapos.
- Não. Acho melhor continuar tudo como está. - Brincava com os arredores da taça antes de se deliciar com um gole.
- E a Polícia? Vão chegar em você... - Ela saiu somente com partes de baixo. O peito nu, vestia ainda a blusa quase que totalmente transparente.
- Vamos deixar o assunto em off. Fez o que pedi?
- Depois de uma semana. Você me ofende com essa pergunta! O velho está no papo! - Sorriu convencida. - Isso me faz lembrar... - Sumiu na direção do closet novamente.
- Então já faz uma semana. - Murmurou sozinha. Caile Maria voltou com um pacote, havia uma quantidade de dinheiro significativa dentro. Iasmin não fez conta, tinha uma ligação para fazer. Mas devia primeiro encontrar o seu celular.Isso lembra que:
"O bom filho a casa torna".
Na minha bolsa o celular tocava, o que ela ignorou.
Chegou em casa, embora não sentisse que aquele era o seu lar, era apenas o lugar onde acordava depois do esforço perante a guerra cujo o objetivo é tão somente à morte; a minha morte interna. Sua morada era o mundo, ela pintava ele à suas cores.
Subiu às escadas com pressa! Mas foi barrada pela porta trancada. O Sr. Rodrigues estava em casa, também pelo horário. Aquela tarde quente abafada já virava noite.
- Por que o quarto está fechado? - Questionou levando uma das sobrancelhas ao alto. Rodrigues permanecia sentado, tranquilo. Presumia sua volta como uma forma ignorante de chamar à atenção da própria filha.
- Isso é jeito de falar com o seu pai? Fiz isso porque me disse que eu não vejo nada, pois eu quero ouvir; filha.
- Eu quero a chave do meu quarto! - Ordenou aborrecida. Descendo o degrau um a um.
- Eu não estou te reconhecendo. Que tom é esse? Manuela? - Seu ânimo começara a agitar. Iasmin entortou o lábio em um desentendimento medonho.
- Manuela?
- Não é você?
- Sim. - Assentiu. Cruzando os braços. Ele levantou-se.
- Então me conta o que te aborrece?
- Quer mesmo saber? - O desafiando com os olhos.
- Claro.
- Você! Que fica no meu caminho como um velho empacado! Cuspiu as palavras. Ele suspirou fundo, e perdendo toda a calma lhe deu um tapa.
- Eu sou seu pai mal-criada...
- Velho insolente! - De repente ambos falavam ao mesmo tempo. Desencadeando a discussão. Iasmin pegou um dos poucos vasos da sala para quebra-lo em sua cabeça. - Cala a boca! - Friamente. Sem que houvesse chance de defesa. No mesmo instante Rodrigues caiu no chão.
- PAIIII!!! - Foi a única coisa que pude dizer. Ao vê-lo desbruçado daquela maneira voltei à vida física. Era um pesadelo!! Ao passo que queria correr via a necessidade de socorre-lo!
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Dupla Personalidade - Quem sou eu?
Mystery / ThrillerEnquanto muitos morrem em leitos de hospitais com câncer, tumores e órgãos falidos; outros morrem dentro de si mesmos hipocondríacos. Nunca se sabe o quão suscetível a mente humana pode ser, eu sou a prova viva desses relatos. Meu nome é Manuel...