Compulsion

CHAPTER TEN

— Alô!

— Como vai meu primogênito? - disse a voz do outro lado do telefone.

— Mikael! - minha voz soou mais surpresa do que gostaria.
— Por que está tão estupefato minha cria? - Eu odiava como sua voz soava, sibilava como uma cobra.

— Após tanto tempo, confesso não esperar por notícias diretamente. - respondi seco. Ele riu.

— Mas até mesmo eu tenho saudades dos meus filhos. E a diaba da Hope, se adaptando a nova babá? - Meus dentes rangeram, a forma como se referia a Hope era sempre denegritória.

— Como sabe que temos uma nova au pair? - ele riu novamente.

— Elas sempre são novas. - quase poderia visualizar seus dentes num sorriso amplo. — Mas está é especial. - um alarme soou em minha cabeça, me afligindo.

— O que quer dizer? - tentei parecer suave, mas praticamente gritei ao telefone.
Essa conversa estava indo num rumo inesperado, mais até que o telefone do meu criador. Como ele soubera de Hayley ? E o que ele sabia dela para chamá-la de “especial”? Mikael nunca se interessava por alguém que não pudesse oferecer algo para seu proveito. Ela era parente dos Salvatore , claro que já desconfiava da sua natureza, porém até o momento ela não manifestou qualquer poder.

— Você é ingênuo meu filho. Mantenha o olho na pequena rainha , mas não fique muito próximo. - ele desligou, sem me dar maiores explicações.

Minha cabeça parecia prestes a explodir, como há séculos nunca sentia. Hayley era perigosa? Mikael não foi o primeiro a me alertar, talvez eu não quisesse enxergar. Devia afastar ela da Hope? Não poderia julgá-la sem provas. Peguei o celular e disquei para Niklaus .

— Detetive falando. - atendeu zombeteiro.

— Onde ela está? - fui direto ao ponto.

—Irá vir carregá-la pelos cabelos até sua cama? - ouvi Niklaus rir. Minha atração não era um segredo, mesmo que desejasse que fosse.

— Sem conversa fiada Niklaus. - cortei.

— Você é ansioso irmão. - ele riu novamente.

— Niklaus!

— Bem, essa é uma resposta curiosa. Hayley está…