CHAPTER NINETEEN

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Esperei, mas nada aconteceu

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Esperei, mas nada aconteceu. Meu sangue corria como um riacho pela ferida aberta, já começava a me sentir fraca. O animal em meu colo continuava inerte. Foi neste momento que meus algozes me encontraram, os cinco me cercaram, com as armas apontadas para meu peito. Tyler não estava entre eles, o covarde!

— Levante-se bruxa! - o líder esbravejou.

— Eu até gostaria, mas não. - o enfrentei. De qualquer modo não conseguiria fazer um grande movimento. — Ahhhhhh! - urrei de dor, o templário loiro pisou no pé machucado, apreciando meu sofrimento. — Filho da puta!

— Você tem uma boca bem suja! - ele se agachou para me encarar. — Para um cadáver. - senti o cano frio da arma na minha têmpora. — Me diga bruxa, como conseguiu libertar sua amiga monstrinha? - virei para ele, sua arma agora apontando para minha testa.

— Eu não sou uma bruxa. - resolvi esclarecer. — O seu amigo é apenas um bom ouvinte. - Os dedos do templário tremeram no gatilho.

— MENTIROSA! - essa era a voz grave do troglodita que havia capturado a Hope .
Ele apontou para mim. —
Ela me manipulou! - sempre a mesma acusação? Quando iriam mudar o disco? Dei um suspiro entediada. — Sua vadia!

O gigante partiu para cima de mim, mas um dos caras morenos, o único que havia ficado em silêncio desde que os conheci, o parou. Era o mais austero de todos.

— Se a matá-la agora não teremos respostas. - o moreno olhou para o líder, procurando aprovação. Ele assentiu. — Seja inteligente uma vez na vida!

— Ela não parece que vai nos oferecer o que queremos de bandeja. - o outro moreno observou.

Os morenos eram espertos, que clichê.
Meu cérebro estava a mil, enquanto eles debatiam eu procurava uma saída. Mas com uma pistola apontada para minha cabeça era difícil pensar. O jovem loiro ainda me encarava como se quisesse me devorar.

— Ela vai falar. Nós temos nossos métodos.

Ele me puxou pelos cabelos, me forçando a levantar. Me apoiei no pé machucado por um momento e segurei o grito de dor, com os olhos cheios de lágrimas. Me contorço enquanto ele me arrastou para perto do barranco, onde havia caído, deixando o paredão de pedras as minhas costas. Não havia para onde fugir. Talvez devesse começar a rezar.

— Nós vamos te quebrar mocinha. - ele sussurrou em meus ouvidos. Tão próximo que senti sua respiração. — Meus equipamentos. - pediu.

O moreno se aproximou, com uma pequena maleta, onde eles tinham escondido essa coisa? Ele retirou um objeto e entregou ao torturador. Era um alicate, comecei a entrar em pânico.
Mesmo sabendo ser inútil tentei empurrá-lo, usando toda minha força restante. Ele riu da minha tentativa, porém não ia me dar por vencida, empurrei novamente. Naquele momento, algo mudou, o movimento não fez o loiro recuar, mas pude ouvir outro chiar de dor.

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