CHAPTER SIXTEEN

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— Olhe só para você, não faz nenhum dia e já está sofrendo

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— Olhe só para você, não faz nenhum dia e já está sofrendo.

— Niklaus estava apoiado no batente da porta, com um sorriso zombeteiro no rosto.

— Não estou sofrendo. - disse sem levantar meus olhos.

— Está lendo o livro de cabeça para baixo? - seu sorriso se alargou. — Não sabia que possuía essa habilidade.

Fechei o livro com o baque, o virei e li na capa: “Nora Roberts”. Da onde tinha vindo este livro? Estava perdendo a cabeça. Mas o pior momento foi ter que encarar meu irmão.

— Quer alguma coisa? - olhei para ele irritado.

— Apenas te incomodar. - Como se eu já não tivesse lido em sua mente.

— E não tem nada melhor para fazer? - quase podia ouvir meus dentes trincando.

— Humm! - ele fingiu pensar. — Não!

— Poderia ir brincar com a Hope . - sugeri.

— Kol está cuidando dela.

— Não estou. - Kol apareceu na porta, como um enviado do demônio. — Pensei ter ouvido a voz do Niklaus , mas Hope havia me dito que eles iam brincar no jardim.

— Ela me disse que você a estava ensinando piano. - Niklaus perdeu o jeito brincalhão e agora tinha uma leve pitada de pânico.

Com velocidade vampírica percorremos toda a casa, incluindo o jardim. Nos encontramos na sala de estar e não precisamos sequer falar para entender que ela não estava em nenhuma parte. Três vampiros de mais de uma centena de anos, enganados por uma criança.

— Vamos nos concentrar. Desde quando ela está desaparecida? - o Elijah frio tinha assumido. Encarei meus dois irmãos, não conseguia deixar de pensar que eram eles os responsáveis.

— A vi pela manhã. - Kol comentou. — Niklaus ?

— Também.

— Onde ela pode ter ido? - perguntei com raiva.

— Para a Escola? - Niklaus tentou.

— Ela detesta a escola. Tenho que obrigá-la todos os dias. Dizer o quanto é importante para ela…

— Hayley ! - foi Kol o primeiro a ter coragem de sugerir. - Ela pode ter ido atrás dela.

— Por que ela iria? - perguntei ríspido.

— Não sei, Elijah, mas é o mais provável, não lhe parece?

— Eu sabia que ele tinha razão, mas eu podia admitir? Claro, era de Hope que estávamos falando. Balancei a cabeça afirmativamente.

— Agora temos que saber onde a traidora está. - Niklaus falou secamente.

— Niklaus ! - chamei sua atenção.

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