CHAPTER THIRTEEN

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Eu caminhava por uma neblina intensa, mal conseguindo distinguir o espaço a minha volta

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Eu caminhava por uma neblina intensa, mal conseguindo distinguir o espaço a minha volta. O ar era frio e úmido, sentia meus cabelos grudando na face e as minhas roupas no corpo. Havia apenas um som, passos, muitos deles. Diversas sombras demonstravam que não estava sozinha, então comecei a vagar. Uma passo de cada vez, praticamente me arrastava. Estava tão cansada!

— Que sonho estranho. — comentei em voz alta.

— Não é um sonho. — Me virei e me deparei com a moroi ruiva da outra noite. Ela sorria para mim, com uma fileira de dentes perfeitamente brancos. Sua voz era doce e angelical.

— Você fala! — disse espantada.

— Aqui eu falo. — ela fez uma pausa. — Apesar de não ser muito recomendável. — parecia apreensiva. Suas cores tremulavam num verde opaco. Espera... cores?

— Aqui? — olhei em volta, mas havia pouco para enxergar. A neblina parecia mais alta.

— Não sabe onde está? — ela perguntou. Olhei para ela confusa. — No limbo. Sua alma está entre o mundo dos vivos e dos mortos, Hayley Marshall.

— Estou morta? — perguntei com a voz entrecortada.

— Não ouviu o que disse? — ela respirou profundamente, pronta para me dar explicações. — Não, você não está morta... ainda...

— Ainda? Isso não é muito animador. — respondi sarcástica.

— Você ao menos possui uma chance. — ela então apontou para meu braço esquerdo. Com algum esforço para ver através da neblina, levantei minha mão e senti algo puxar. Um fio vermelho, grosso como linha de tricô, estava preso no meu dedo mindinho.

— Isso é... — arregalei os olhos em conhecimento.

— O fio do destino. — A jovem ruiva completou. — Você ainda está conectada ao mundo dos vivos, mas se ela se partir, você ficará aqui para sempre.

— Pensei que ela não se partisse. — disse.

— Aqui, é possível. — falou com um tom dramático.

No local, até então praticamente silencioso, começou a soar diversos lamentos, choros e lamúrias. As sombras estavam agitadas e se mexiam com velocidade. Um som forte, como de um tambor soou ao longe, senti o chão tremer. Tum! Tum! Tum! O som se repetiu. Houve um aperto em meu coração, aquilo não poderia ser bom.

— Precisa sair daqui, enquanto ainda pode. — A moroi me pegou pela mão e começou a me arrastar.

— Como? — questionei.

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