Compulsion

CHAPTER TWENTY

Nós viajamos no “modo vampiro” para a mansão e é claro que aproveitei o momento para abraçar Elijah o máximo possível. Ele tinha um cheiro almiscarado, que quase mascarava o gosto metálico de sangue. Minhas roupas estavam coladas no corpo e eu tremia com o frio, desculpa perfeita para me aconchegar mais ao Elijah.

— Chegamos! - Ah não! Era a voz sedosa do Elijah anunciando que meus sonhos molhados chegavam ao fim.

Com pesar deixei minhas mãos descolarem dele e me equilibrei novamente no chão.

— Vamos? - ele me estendeu a mão.

— E-eu… - hesitei.

— O que houve? - ele franziu o cenho.

— Você disse para eu voltar, mas agora… - droga! porque tanto receio? — e os outros? - ele sorriu.

— Você não é uma garota covarde. - ele colocou a mão na minha face. — Não se preocupe com os outros.

Entramos na casa de mãos dadas. Hope, Niklaus e Kol estavam em frente a escada, numa recepção inesperada.
Eu estava subitamente envergonhada da minha aparência, com o cabelo colado na testa devido o sangue, as roupas rasgadas e sujas. Me vi estranhamente me escondendo atrás do corpo do Elijah .

— Então você está de volta pequena rainha? - era a voz cínica do Niklaus , um cinismo que havia apreciado anteriormente.

— Sim Niklaus , ela está. - Elijah respondeu firme.

— Seu cheiro está especialmente doce hoje. - ele disse com um sorriso de canto.
— Para a sua decepção a maior parte do sangue não é meu. - revidei.

— É dos sequestradores da Hope? - ele perguntou abruptamente sério.

— Sim.

— Então seja bem-vinda pequena rainha. - ele veio ligeiro em minha direção, meus olhos não conseguiram captar seus movimentos. Ele me deu um abraço de urso e antes que notasse ele lambeu meu rosto.

— Credo Niklaus! - eu tentei me desvencilhar dele. — Isso é nojento!

— Seja bem-vinda de volta Hay. - esse era Kol, sempre amável.

Ele não me abraçou, mas pude sentir seu carinho pelo nosso vínculo. Então olhei para Hope, agarrada a seu ursinho macabro, ela estava imóvel e sem dizer uma palavra, mas eu podia ver as chamas do ciúmes de sua aura. Consegui me soltar de Niklaus e fui em sua direção, me abaixei na altura dos seus olhos e abri os braços, a convidando. Ela me olhou com aqueles olhos enormes e se virou, subindo a escada em direção ao seu quarto. Sua rejeição doeu mais do que pude imaginar.