Assassinatos, morto-vivos e uma organização secreta.
Mystic Falls sempre esteve repleta de enigmas, mas quando uma série de jovens começa a desaparecer nas sombras da noite, não parece ser o local mais seguro para se morar.
Hayley Marshall está de...
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Acordei no meio da noite, com uma sensação estranha. Elijah tinha sido tão terno, quase como se sentisse culpado. Eu não havia conseguido pensar, com suas mãos e lábios sobre mim. Novamente eu tive aquela sensação de me sentir conectada a ele, de beber seus sentimentos assim como eu entregava os meus a ele. Não do modo metafórico, mas do real, visto que sou uma Empath. Eu me sentia saciada. Isso era normal? Eu não sabia, nunca tinha conhecido ninguém como eu, o mais próximo que cheguei foi da pessoa que quer me assassinar com suas zumbis.
A luz da lua era filtrada pelas cortinas finas, e um vento frio entrou por ela num sopro forte. Me encolhi na cama buscando o calor das cobertas. Procurei Elijah ao meu lado, mas não o encontrei, eu estava sozinha. Ou… Se não tivesse tão acostumada a coisas estranhas, teria morrido com o susto. Um espiríto estava no meu quarto. Seu corpo tinha coloração, mas era levemente transparente. Tudo tremulava, como uma televisão falhando. Era Kiryna, como ela deveria ter sido, antes de ser queimada.
— Como chegou até aqui? - perguntei, sem me conter.
— Nenhum boa noite? - ela sorriu, quando notou que não iria retribuir continuou. — Alguns espíritos me ajudaram.
— Você os sacrificou também? - usei de sarcasmo.
— Arrependida do presente que lhe dei?
— Não. - abaixei a cabeça. — Quero honrar cada um deles…
— Mas não pode. - ela completou. — Você possui uma missão. - ela continuou estampando aquele sorriso de compreensão.
— Por que nunca disse à Eliajah que era uma bruxa? - disparei.
Seu olhos abaixaram imediatamente. Seus cabelos balançaram, ela havia sido uma mulher bonita. Elijah devia ter se apaixonado imediatamente.
— Há coisas que são melhores não saber. - ela disse baixo.
— Mas não acha que ele tinha o direito? Se antes, então agora? - a encarei.
— Então ele teria descoberto que ele se transformou em vão? Que lhe lancei em uma maldição para o resto da vida? - acredito que se espíritos pudessem chorar, ela o faria. — Ele sacrificou demais por mim.
— E por isso ele merece a verdade. - afirmei.
— E o quer vai dizer a ele? Que me encontro no limbo, que estou presa entre os dois mundos. - de algum modo eu sabia que ela tinha razão, ele iria sofrer novamente. Poderia ficar enraivecido por ela não ter confiado nele, mas logo ficaria triste e se sentiria culpado, achando que era ele que não foi digno de sua confiança. — Eu cometi muitos erros, Elijah me reverência como uma santa, algo que nunca fui. Ah! Se ele soubesse… - ela se calou.
