CAPÍTULO XXVIII - Seres do amanhecer ( Últimos cap's )

2.1K 257 23
                                    

BOA LEITURA!

E em meio ao rastejo cabisbaixo daquela criatura viva, moviam-se vampiros; as faces lívidas e satisfeitas, com seus movimentos graciosos e fluidos de expressões estranhas, — mesmo com o coração espremido dentro do peito podia sim, perceber o ritmo...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

E em meio ao rastejo cabisbaixo daquela criatura viva, moviam-se vampiros; as faces lívidas e satisfeitas, com seus movimentos graciosos e fluidos de expressões estranhas, — mesmo com o coração espremido dentro do peito podia sim, perceber o ritmo daqueles seres tão estonteantes — com quem conviveu a vida toda.

Deferente das outras vezes, aqueles vampiros pareciam mais felizes, sorriam mais e falavam mais.

De repente se permitiu parar, seus os olhos queimavam, as lacrimas presas na beira dos olhos ficavam mais pesadas forçando-o chorar — mesmo não querendo se render.

Seu estômago ficou embrulhado o impedindo de andar, correu com uma mão na barriga parando para se segurar em um dos candelabros que ficavam próximos as grandes janelas do corredor.

Sua visão tinha ficado turva enquanto o choro se formava em um nó maior na garganta. Sua vontade de cair aos prantos era grande, ao ponto de não conseguir respirar.

Ergueu a cabeça ainda se segurando no candelabro — podia sentir do ferro o cheiro da ferrugem seca —. Aquele odor o fez lembrar de uma certa manhã que tinha sobre as mãos um livro velho e grosso que achara na antiga biblioteca — uma das folhas possuía o mesmo odor.

No fim de um logo texto ele leu; "Se o amor é criação e a morte é destruição... sou o que fica no meio."

Tal frase veio em sua mente tão rápido que não pôde conter a dor de cabeça.

Outrora não entendeu, por que alguém iria querer ficar entre a criação e a destruição? Por que não logo escolher um lado? Ou melhor, o que esse alguém seria?

Passou os dias seguintes daquela manhã tentando entender, porem, a grande compreensão veio naquele momento em que estava ali enjoado, se apoiando no candelabro descascado.

Aquela frase sem explicação que parecia mais uma metáfora ficou mais clara, o que ficava entre a criação e a destruição era ele mesmo. Admon enfim percebeu que Úrsula tinha feito dele, uma marionete traidora.

A vontade de chorar passava a ficar maior, podia sentir tudo em si entrando em desespero.

Como ela pôde fazer isso? — a voz em sua mente questionou. — Fui, por tanto tempo fiel...

O garoto estava desperdiçado, como era duro enxergar que queria fazer parte de um clã tão traiçoeiro como aquele.

Tinha acreditado naquela mulher, oferecido sua vida por ela, para no final descobrir que foi uma criação tão suja, para se tornar a destruição daqueles que ela tinha como inimigo, provavelmente inocentes — como os diurnos.

Sangue Diurno -  Vampiros de RivenstoneOnde histórias criam vida. Descubra agora