Prólogo

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Era uma manhã qualquer, o bar onde me encontrava estava cheio. Eu estava numa mesa mais afastada, no canto. Meu alvo chegaria logo. Ele era alto, cabelos pretos, liso, arrumado em forma de topete, a missão era simples, só tinha que eliminá-lo. Passado alguns minutos, ele chegou e era exatamente como a foto que eu vi, fazendo com que eu me perguntasse se a foto não havia sido tirada naquele mesmo dia.

O alvo entrou e foi em direção a uma mesa no canto direito do bar, onde tinham um outro homem sentado esperando, ele estava de sobretudo e  chapéu . O alvo estava com uma maleta prateada, eu não tinha sido informado disso, mas tudo bem, pois a missão continuava a mesma, o homem de sobretudo estava atento, ele olhava de maneira discreta para todos os cantos. Felizmente eu apenas observava com a minha visão periférica e tomava um copo de chop. Depois de algumas palavras, meu alvo deixou a maleta e se levantou, eu terminei meu chop e fiz o mesmo.

Infelizmente ou felizmente, um dos clientes tentou me barrar, seu olhar indicava que ele não era simplesmente um cliente comum, assim como eu não era. Por isso, eu não senti nenhum remorso de quebrar o copo de chop na cara dele. Com isso teve início briga de bar, daquelas que os participantes iriam lembrar e contar aos seus filhos e netos. O mais interessante é que mais da metade do bar não sabia o porquê de estarem brigando, mas estavam. Nessa confusão, três clientes vieram para cima, o primeiro foi muito afobado, o que lhe rendeu um braço quebrado e provavelmente uma vida numa cadeira de rodas, pois eu cravei um pedaço de uma cadeira nas costas dele. Os outros dois tentaram vir num ataque em dupla, mas eu só desviei de um que tentou me acertar um soco e o contra-ataquei com um chute na cara, o terceiro eu o levantei e desferi um joelhada em sua coluna, provavelmente quebrando-a.

Enquanto eu brigava com aqueles três caras, meu alvo tentava escapar. A briga acalmou um pouco quando o homem de sobretudo puxou uma escopeta e atirou no barman que vinha com uma espingarda, nesse momento eu acertei uma garrafada no meu alvo. Infelizmente o homem de sobretudo escapou naquele meio tempo, mas eu consegui arremessar o meu alvo pela janela. Feito isso um cliente do bar tentou me acertar com a perna de uma cadeira, pelas costas, mas eu desviei e quebrei o pescoço desse cara. Feito isso, os outros clientes ficaram com medo e foram fugindo as pressas.

Eu saí calmamente do bar e meu alvo estava se arrastando na calçada, era patético. Eu cheguei até ele, o virei para mim e pus meu pé no torax dele. Então eu tirei a máscara que eu usava, era uma máscara de um homem loiro e revelei a minha outra máscara, uma preta feita de um polímero especial que ao mesmo tempo que escondia meu rosto, permitia a passagem de oxigênio sem necessariamente ter uma abertura para respirar e  permitia que eu falasse normalmente.

— Quem é você ? - o homem perguntou

Eu puxei minha pistola, apontei para a testa dele e respondi

— Eu sou o “X” da questão  - e atirei

A Mulher - As Crônicas do Sexto Equinox- Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora