A Mulher - As Crônicas do Sexto Equinox- Livro Dois

Capítulo 31

Eu, Caroline e Victor estávamos em Saint Petter Bay. Victor resolveu ficar no apartamento enquanto eu e Caroline havíamos decidido ir à praia, antes ela quis comprar uma roupa de banho e não me deixou ver qual foi a sua escolha. Eu até brinquei com ela na hora de pagar, perguntando se ela não estava com medo de que rastreassem a conta dela, mas ela sorriu e disse que aquilo só daria mais credibilidade à história que ela contaria caso fosse questionada e além do mais, como ela mesmas disse “Quem vai desconfiar de uma mulher comprando roupas?”

Eu também acabei comprando uma sunga para mim, pois não tinha nenhuma roupa de banho e também coisas como toalhas, cangas para colocar na areia e essas coisas. Uma vez na praia fomos para um lugar com uma pouca quantidade de pessoas. Eu fiquei na areia arrumando as coisas enquanto Caroline foi dar um mergulho. Eu estava sentado na areia, em cima da canga, quando a avistei saindo do mar, vindo em minha direção. Meu amigo, que visão. Caroline estava com um biquíni azul marinho, seu corpo molhado devido a ter acabado de sair do mar, seu semblante estava feliz, seu rosto e cabelos molhados também. Ela parecia uma seria que se transformou em mulher para vir e  me levar às profundezas do oceano. Eu estava facinado com aquela visão e o cenário atrás dela só coroava aquele momento com a perfeição que lhe era devido, acho que Caroline percebeu o jeito como eu a olhava pois percebi que ela deu um leve riso para mim enquanto se aproximava e fez questão de vir mais lentamente.

Assim que se aproximou ela puxou minha mão dizendo:

— Vem, a água está ótima

E meu amigo, quando uma mulher como ela, com todo aquele corpo magnífico, de biquíni e estando molhada após vir do oceano te pede para ir com ela, você vai com ela, não importa se gosta ou não de praia, você vai com ela. Uma mulher com toda a beleza de Caroline e com todas as suas habilidades  poderia ter tudo o que quisesse no mundo e no entanto, naquele momento tudo que ela queria era a minha companhia, por isso é claro que eu fui com ela. Fomos para o mar e ficamos lá mergulhando, nadando entre as ondas, molhando um ao outro. Com isso nos afastamos da beira da praia, não muito, mas ainda assim nos afastamos. Eu mergulhei sem que ela me visse e fui pregar-lhe uma peça. Enquanto estava submerso, encostei em suas pernas, assustando-a, depois voltei e alisei as pernas de Caroline novamente a assustando. Subitamente levantei da água, segurando as pernas de Caroline, prendendo-as entre meus braços e a levantado por fim. De início ela se assustou, mas assim que percebeu que se tratava de mim disse-me para soltá-la, gritando, mas não com raiva ou com medo.

Eu afrouxei meus braços fazendo Caroline descer, assim que a distância entre nossos rostos diminuiu, senti Caroline prender suas pernas em minha cintura e em seguida nos beijamos, demoramos um pouco mais nesse, eu confesso. Ainda apoiada em minha cintura, Caroline disse:

— Parece que isso se tornou um vício

— Quando um não quer, dois não beijam - respondi, fazendo ela sorrir

Depois disso ela desceu de uma vez e voltamos para pegar nossas coisas e ir para o meu apartamento. Durante todo o caminho fomos de mãos dadas, Caroline apontava algumas coisas que lhe chamavam a atenção, eu de vez em quando fazia algumas piadas que a faziam rir. Eu realmente amava aquele riso, faria tudo para ouvi-lo de novo e de novo. Chegamos ao meu apartamento e Victor já havia ido embora, ele deixou um bilhete o qual dizia que faria mais testes com a água da fonte e que havia deixado algumas doses da água da fonte comigo e disse também: “lembrei de trazer uma lembrançinha para Caroline”, depois de ler isso ví que havia um chaveiro na bancada da cozinha. Aquilo me fez rir muito,tanto que quando Caroline, após sair do banho, veio me perguntar o que foi que houve e eu não pude responder, só lhe entreguei o chaveiro e fui tomar banho.

Depois disso nós ficamos vendo televisão no sofá, dessa vez eu apoiei minha cabeça nas coxas de Caroline e ela me fez cafuné. Em determinado momento ela perguntou: