Capítulo 9

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A viagem para a Noruega foi tranquila, muito melhor do que a viagem para Paris. Dessa vez eu fiquei do lado da janela do avião e pude observar as nuvens. Logo que o avião aterrissou, eu saí, peguei minhas malas na área de desembarque e fui em direção ao hotel, passando pelo centro da capital, Oslo, no meio do caminho esbarrei em um homem,alto, aproximadamente 1,90 de altura, loiro,cabelo curto, olhos vermelhos, me parecia estar bêbado. Chegando ao hotel fui direto para meu quarto, tinha uma vista de uma rodovia. A paisagem era bonita, tinha aprendido a enxergar a beleza em ambientes urbanos. Minhas reflexão foi interrompida por batidas na porta, era um funcionário, ele me entregou um envelope.

O envelope continha a localização da instalação, bem como suas plantas. Havia sido acertado que assim que eu chegasse no hotel receberia essas informações. Antes de começar a me planejar, verifiquei novamente meu traje que estava na mala. A máscara estava em perfeito funcionamento, as pistolas carregadas e destravadas, as armas do sobretudo também carregadas e preparadas. Mais uma missão de infiltração, esperava que nessa acontecesse algo de interessante. A instalação ficava quase fora da capital, tinham quarto andares subterrâneos e claro que as informações que eu estava atrás estavam no primeiro andar, o mais profundo. Eu tentaria ser o mais sorrateiro possível, essa missão não precisava que eu gastasse todo o meu treinamento em combate. Depois de acertado o que eu iria fazer, passei o resto da noite observando a movimentação noturna na rodovia, não queria dormir, não queria aquele sonho de novo.

No dia seguinte, logo cedo, eu fui até as imediações da instalação, fui pela lateral e sufoquei um guarda que estava fazendo a ronda por lá, roubei o seu cartão de acesso e entrei pelos fundos do lugar, passando despercebido pela câmera de segurança. O inteiror da instalação tinha um corredor com escadas e no final havia uma porta, desprotegida. Achei aquilo estranho, mudei a visão da máscara para infravermelho e vi que na verdade o corredor estava cheio de lasers, saí do lugar e procurei ao redor, logo achei uma caixa de disjuntores e desliguei a energia do local. Acredito que teria cerca de trinta minutos antes de alguém vir religar a energia. Entrei novamente e fui até a porta, e segui por algumas escadarias. Minha máscara tinha também lentes de visão noturna, por isso eu enxergava claramente os inimigos a frente, rapidamente nocauteei eles e continuei. Já havia passado do quarto, do terceiro e do segundo andar quando as luzes acenderam, eu tomei cobertura atrás de uma parede, pois ouvi sons de tiros e gritos adiante.

Saquei minha pistola, os sons se aproximavam, contei até três, saí da cobertura e atirei. Mal as balas haviam sido disparadas, percebi que os guardas da instalação estavam mortos, o francês saiu correndo e a agente misteriosa e um outro homem, vestindo um traje de guerreiro que eu já conhecia, estavam lutando. Os dois desviaram dos meus tiros. Eu rapidamente me juntei ao guerreiro e ataquei a agente misteriosa. Ela desviou do meu chute, mas levou um soco do guerreiro e enquanto estava meio tonta eu eu desferi outro chute lateral no seu abdômen. A agente recuou, sacou sua arma e atirou, mas não em mim ou no guerreiro, atirou num alarme e fugiu correndo, perseguindo o engenheiro francês.

— O que você está fazendo aqui  ? - o guerreiro, meu irmão, perguntou

— Passeando, não está óbvio ? - retuquei

Não pudemos conversar mais, pois vários guardas apareceram. Apesar de fazer um bom tempo que eu e Victor não lutavamos juntos, nossa sincronia era perfeita. Eu soquei um guarda, ele completou com uma voadora, eu com uma rasteira e ele finalizou com um golpe de espada na cabeça, em seguida  ele avançou, chutou um guarda, deu uma cotovelada em outro e enquanto se virava para o guarda que chutou, eu ataquei com uma sequência de chutes o outro, por fim nós trocamos de lugares e ele finalizou meu oponente com a espada e eu o dele com um tiro. Seguimos subindo a escada, eu pulei, utilizei a perna direita para tomar impulso na parede, chutei com perna esquerda um guarda, depois avancei, chutei outro, segurei um outro pelo pescoço e o arremessei na parede que rachou. Enquanto eu estava realizando essa sequência, Victor tomou a frente, enfiou a espada no estômago de um guarda, tirou, deu uma cotovelada em outro, desviou de um soco e jogou o cara escada abaixo sendo recebido por um soco meu.

A Mulher - As Crônicas do Sexto Equinox- Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora