Capítulo 4 Outros ângulos

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Miami, 17 de outubro de 2017 – 09:00 p

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Miami, 17 de outubro de 2017 – 09:00 p.m.

HARRY

A água gelada cai sobre as minhas costas e eu fecho meus olhos, sentindo meu corpo todo se arrepiar. Apoio minhas mãos nos azulejos do banheiro e deixo que a água caia sobre mim todo, aproveitando os poucos momentos de relaxamento que tenho.

Minha cabeça não sai do caso da garota assassinada em Overtown, porque sei que isso vai ser coisa grande. Sem que eu espere ou deixe, a imagem de olhos cinzentos grandes e desafiadores invadem minha mente. Sorrio de forma involuntária ao me lembrar da detetive impertinente que esta trabalhando comigo e que me deixa irritado e, ao mesmo tempo, me faz sentir de certa forma bem, porque ela me faz sentir vivo.

Perry não esta feliz em me ter por perto, entrando no meio do caso que deveria ser dela e da parceira. A dedicação dela pelo trabalho me faz lembrar o porquê estudei tanto pra conseguir chegar a ser promotor...me faz lembrar do que deveria ser nosso objetivo ao ingressarmos em cargos policiais. Gosto da forma dela de se envolver com o trabalho e admiro sua inteligência.

Ela é linda também e, mesmo que não seja meu tipo de mulher, tenho que admitir que ela tem algo que deixaria qualquer homem feliz: paixão. Ela parece ser do tipo que se entrega a qualquer coisa com paixão, seja ao trabalho ou a um relacionamento. Isso deve ser bom, ser alguém apaixonado...coisa que eu não sou, não acredito nisso.

___Harry, querido, seu celular esta tocando___escuto a voz doce e melodiosa da minha namorada no momento me chamar.

___Já vou, deixe tocar!___falo do banheiro, pois não quero que Candice atenda meu celular...separo bem meus relacionamentos da minha vida profissional e até pessoal, de certa forma.

Pode ser meu pai, ou minha mãe, me ligando...ou pode ser o médico legista da 32ª, tanto faz. Não quero que minhas namoradas se intrometam na minha vida, por mais juntos que estejamos. E, no caso da Candice, estamos juntos há quase três meses agora. Diria que estamos num relacionamento estável, se levar em consideração que somos exclusivos.

Não sou um cara que acredita que num relacionamento se divide tudo. Dividimos momentos agradáveis, muito sexo e alguma conversa, mas o resto é apenas meu e não sou o tipo de cara que chega em casa falando como foi o dia no trabalho ou como minha mãe esta se saindo em mais uma de suas campanhas para arrecadar fundos pra alguma missão de ajuda aos necessitados, até porque o tipo de mulher com quem me relaciono não se interessa muito por isso.

Se me perguntarem, eu nunca me apaixonei...e nem sei se acredito nisso. Acho que o amor nasce com o tempo e quando ele supostamente acaba, sobra o companheirismo...mas ainda não achei a mulher com quem eu sinta vontade de dividir minha vida a ponto de a chamar de minha companheira, como meu pai e minha mãe são.

Meus pais são o que se pode chamar de casal perfeito. Eles foram o primeiro relacionamento um do outro, ainda no colegial, e estão juntos até hoje...e são muito felizes. Tiveram apenas minha irmã, Gemma, e eu de filhos, mas se sentem realizados com os almoços de domingo em casa e os cuidados com seu jardim enquanto esperam netos que acho que vão demorar a vir, pois eu e Gemma somos mais do tipo que foca na vida profissional.

If I Could Fly [Harry Styles Fanfic]Onde histórias criam vida. Descubra agora