Zunir.

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O homem de pele vermelha e com a estranha joia cravada na testa olhou para mim quando as portas do elevador se abriram. Eu, antes mesmo disso, já tinha os olhos fixos nas portas de metal. Ambos, eu e ele, sabíamos da presença um do outro. O zumbido deixou de existir, Visão se sentou no sofá ao lado de Wanda e eu continuei ali, quase no centro da sala, enquanto Tony conversava algo com Fury. 
Quando a conversa, que eu não podia ouvir, acabou, Fury se colocou na frente dos vingadores. Passou a informar sobre uma nova missão, que estaria relacionada a uma missão; de nome estrangeiro, talvez. Li os relatórios, mesmo sabendo que não participaria da missão. Não até ter minha audição novamente, esse parecia ser o pior dos defeitos que eu possuía agora. 
Era um caso simples. Simples no nível dos Vingadores, claro.

 Fui para o quarto no fim da reunião, e só voltei a descer na hora do almoço. Depois do almoço fui ter com Clint, segurando um arco e mirando a flecha em um alvo aleatório da sala. 
Entrei no comodo já retirando o tapa-olho, o casaco e uma pulseira, que me tinha dado vontade de usar. Amarrei os fios do cabelo num coque justo e fui até Clint. O alvo foi desviado rapidamente para mim, e me jogando no chão, desviei da flecha que zuniu até atingir seu alvo. Pronto, quase tinha sido assassinada. 

-" Vamos treinar seu magico olho branco hoje." - Li os lábios de Clint. Estranhei internamente, mas concordei do a cabeça. - "Disse, no seu relatorio para Bruce, que conseguia gravar imagens por pontos luminosos, ou algo do tipo" - Concordei novamente. - " É o seguinte, então: Vai olhar fixo para aquele algo" - E apontou-o. - "e depois fechar os olhos, mirar a arma, e atirar. Certo?"

Hesitei, olhei para o alvo, para a arma preparara, e me perguntei se eu, uma garota que tinha entrado para os Vingadores por trapaça, podia fazer aquilo. Movi a cabeça para cima e para baixo, respirando fundo e me posicionando. Peguei a arma como Clint tinha me ensinado nas aulas passadas, encarei o alvo exagerado e fechei os olhos. Primeiro veio o preto, depois os pontos, até a imagem se formar nitidamente. Levantei os braços, imaginando se estariam na altura certa, e mirei, até onde eu podia achar que seria, no alvo. Alguns minutos, e fechei o dedo no gatilho. Abri os dois olhos novamente, e lá estava o resultado. Não havia sido perfeito, mas com certeza melhor do que qualquer outra pessoa de olhos fechados (exeto Clint, claro. Ele superaria qualquer um até mesmo de costas).

- "Isso foi bom." - disse Clint. - "Impressionante, até."

Mas apenas fixei o olhar na flecha que tinha cravado na parede, na hora que eu havia entrado. A flecha, eu a ouvi rasgar o vento.

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⏰ Última atualização: Sep 23, 2018 ⏰

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