As coisas mudam.

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Algo me dizia que estas duas semanas aqui não tinham nada comparado ao resto do ano. Dan é um fofo mas dá trabalho, além disso meu pai chega cada dia mais estressado. A casa esta ficando aterrorizante vazia as vezes, sorte a minha ela não é do tipo que fica rangendo de noite.

O mundo só podia ser uma grande armação, pregando peças a minha pessoa. Eu estava andando quando um homem passou correndo por mim, eu soube quem era assim que nossos ombros se chocaram e eu cai, ele me olhou porém voltou a correr, segundos depois, soube que ele estava sendo seguido, dois homens corriam atras dele em alta velocidade. Nenhum dos dois pareceu me ver, enquanto isso, eu me levantava do chão e limpava minha calça. Eu era curiosa e não podia evitar, queria muito saber quem eles eram, mas sabia que os tinha perdido. Voltei a andar, seguindo em direção ao café Appétit, da mãe de Emma. As meninas estavam todas reunidas em uma mesa, e eu me sentei com ela, Bella estava com seu costumeiro rímel preto e batom roxo, Elize tomava chá feito dama da Inglaterra e Emma estava como sempre esteve, parecendo bonequinha de porcelana.

Conversamos o dia todo, voltei apenas de noite em casa, e já devia esperar o que ia acontecer. Assim que abri a porta, meu pai se levantou do sofá, e veio até mim.

_Onde esteve até agora, Allyna?

_No café Apeétit com minhas amigas. — respondi ao seu tom grosso e repreendedor com uma vós calma e polida.

_Não quero que saia de casa, esta em Washington, não pode ser a caipira que era em Blue Falls.

_Caipira? — meus olhos arderam. — O senhor era de Blue Falls antes de vir para a cidade grande e ficar... assim.

_Quero que suba para seu quarto. — eu fiquei parada no meu lugar. — AGORA!

×××

Segunda feira fui para a escola como em um dia normal, reparei um agrupado de gente se juntando em volta de algo. Eu era curiosa e isso era um fato, então me aproximei para ver, dois garotos altos estavam batendo no John, que mal se mantinha em pé, e por mais cruel que fosse, ninguém impedia. Eu tomei essa iniciativa.

_Ei, parem com isso! — ninguém se moveu, umas pessoas apenas me olhava atravessado como se dissessem: Não acabe com a diversão. — Vocês são surdos? Mandei pararem com isso.

Me meti na frente do garoto que ia bater no John, ele não me socou, mas me empurrou na direção dos armários.

_Não se meta. — o outro falou, me pressionando nos armários.

Soltei um riso de desdem. Ele me olhou como se eu fosse loca, três segundos depois, ele entendeu. Ele caiu no chão, levando a mão entre as pernas. Eu me virei para o garoto que batia no John, os dois nem eram mais o foco.

_Eu mandei parar, idiota. — me meti na frente de novo.

_Saia da minha frente.

_Não vou, babaca. — ele levantou a mão, e então a desceu em direção do meu rosto, sabia que depois daquele estralo, meu rosto ficaria vermelho por um bom tempo.

Virei o rosto para ele, fervendo de raiva.

_Bater em mulher é covardia. — normalmente as mulheres vão de mão aberta, eu fui fechada, aquele soco provavelmente o manteria quieto por um bom tempo.

Me virei para John, deitado no chão com os olhos inchados, e vermelhos. Chamei dois garotos da plateia e mandei-os levar John para a enfermaria.

O resto do meu dia se passou na diretoria. Mas me dei bem. Pelo menos, na escola.

Avengers Lovers - Soldado InvernalOnde histórias criam vida. Descubra agora