Carlos!Depois de uma semana na UTI , Sara acordou e depois de quinze dias ela já estava em casa se recuperando.
Saulo tinha feito uma promessa e agora eles iam se casar.
Isso mesmo o maior galinha ia se amarrar.
Eu só podia ficar feliz por ele, queria eu poder fazer isso.
Eu estava com Luiza, mais não conseguia sentir a segurança que eles tinham em ser feliz, algo que não sei explicar me barrava.
Minha insegurança, e meus medos não deixava eu viver essa relação completa.
Eu queria tanto poder dizer a ela que a amava, e que eu queria me casar.
Que eu queria ter filhos com ela, mais não conseguia.
Quem sabe um dia ainda posso viver uma história que nem a do Saulo ou a do Marcos.
Depois de tudo o que houve, comecei a pensar.
Se eu poderia amar alguém, ser feliz.
Estar com luiza, era muito bom mas as vezes sentia que não podia a fazer feliz , e nem ser feliz.
Isso me consumia e ela percebia meu afastamento.
Como era de imaginar, Saulo fez um jantar na casa dele pra comemorar a recuperação da Sara, para falar sobre o casamento e me chamar para padrinho.
Assim como eu o Marcos também foi chamado.
Eu e a Luiza, Marcos e Laura e ele chamou os dele e falou pra ela chamar alguém.
Eu esqueci de falar com Sara no hospital, Cissa veio de Brasília e fui recebe- lá no aeroporto.
Clara estava tão sorridente e Feliz, nem parecia uma criança doente.
Com o passar e anos, e depois de tudo que tínhamos descoberto nós nunca mais abandonamos elas.
A história delas era de superação e amor.
Amor de mãe, amor que não questiona o porquê, só ama.
Estávamos ali jantando e conversando, Saulo pediu para Clara ser daminha e ela reclamou:
-Tio Saulo, eu estou velha pra isso, você não acha?
-Você velha? Aonde Clara? Disse Saulo.
-Na condição de dama, estou quase sendo madrinha.
Nos rimos do que ela falou, Clara e suas falas.
-Não vem com essa Clara, quero você de dama no meu casamento e pronto.
Você menina ficará linda, de vestido e levando nossas alianças e não aceito um não como resposta.
Nem vem minha ave, eu quero você lá comigo.
Saulo disse e piscou pra mãe dela, nos entendemos que aquilo era pra fazer Clara viver.
Eu comecei a me lembrar de quando elas chegaram em São Paulo elas ficaram no apartamento do Saulo, já que ele estava no da Sara.
Depois de hospedadas, fomos leva las ao hospital, Luiza fez questão de nos acompanhar ela conhecia um médico que trabalhava na clínica, chegamos e os médicos pediram para internar Clara para fazer todos os exames necessários, Cissa trouxe os outros e contou tudo sobre o caso de Clara, depois de dois dias eles deram o diagnóstico que mudaria tudo.
O câncer de Clara estava em estágio avançado.
Clara estava perdendo a luta pela doença.
Mais ela era uma lutadora, ela perder de pé.
E não podíamos deixar Cissa desmoronar.
Ela depois que ouviu o médico falar, pediu um minuto para nós, eu fiquei com Clara no quarto do hospital e ela saiu.
Eu imagino a dor de uma mãe ao ouvir que seu filho ou filha vai morrer e não pode fazer nada.
Saulo foi atrás dela e eu e Luiza ficamos com Clara tentando dar a ela todo carinho e atenção que podíamos.
Liguei para o Marcos, ele estava em uma audiência e não pode ir mais ficamos de dar toda informação a ele.
Ele foi chamado para defender um caso de assassinato, ele era especialista nisso.
O juiz do caso era o excelentíssimo Miguel Junqueira.
Eu tive o prazer de trabalhar com ele em vários casos, e sei de sua dignidade e da sua competência.
Juiz Miguel Junqueira era considerado no fórum como mão de ferro.
Marcos chegou em seguida, veio me comprimentar, comprimentou Luiza e foi brincar com Clara.
Ele como pai sei lá, olhou pra ela e começou a chorar.
-Por que você está chorando tio Marcos?
-Nada princesa, estou chorando de emoção de estar aqui com você.
-Tio eu sei que é por minha causa que você está chorando e que minha mãe também saiu daqui pra chorar, mais não precisa, eu sei que vou ser uma estrelinha no céu, só não quero que minha mãe fique sozinha, ela precisa ser feliz.
Quando ela disse isso eu e Marcos nos olhamos e ele a abraçou.
Clara nos dando uma lição de vida, ficamos ali sem saber o que dizer a ela.
Entrou no quarto um médico, ele cumprimentou Luiza, ele era amigo dela e ele também tinha feito amizade com Clara.
-Olá Boa tarde, sou Bernardo.
-Prazer doutor, sou Carlos e esse é meu amigo Marcos.
-Oi Clarinha, como você está hoje?
-Oi moço do rosto bonito, eu estou bem, só não poderei ser curada só isso.E meus tios aqui estão chorando, e minha mãe saiu do quarto pra chorar também.Você não vai chorar também ne?
-Não meu anjo, eu sei que seu caso é grave estava falando com outro médico que te examinou e cuidou de você, e vim dizer que vou ficar do seu lado se você me deixar.
-Claro moço, príncipe assim bonito não é todo dia que vemos.
Ela falou é nos despencamos a rir.
Estávamos rindo e Saulo entrou com Cissa.-Posso saber o por que desses sorrisos?. Perguntou Cissa.
-Mamãe , o príncipe aqui falou que vai ficar comigo até eu ir pro céu.
Cissa olhou para o médico e sorriu, eu senti uma química entre os dois.
Mais ali não era o local nem o momento.
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O Promotor
Non-FictionCarlos é um homem cheio de traumas e medos. Será que um amor poderá o salvar?! Terceiro livro da Série Fragmentado!