Carlos!
Tormento era pouco, eu estava vivendo um inferno.
Luiza estava linda, simplesmente maravilhosa.
Luiza, Sara, Cissa, Laura eram as mulheres mais lindas desse lugar, sabe aquelas mulheres que passam e todos babam.
Eu senti algo que eu não gostaria de sentir, mas eu estava sentindo.
Ver Luiza com aquele homem a quem eu não conheço, despertou em mim um sentimento que sempre abominei o do ciúmes.
Mas eu tinha que compreender era eu que não quis, fui eu que a deixei ir embora e com isso perdi meu grande e único amor.
Ele por sua vez fez questão de desfilar com ela a noite toda, com suas mãos nas costas da Luiza eles passavam entre os convidados sorrindo.
Quem era esse cara?
Vi ao longe Sara sozinha e fui lá, ela era quem ia me dar todas as informações.-Sara, era você mesmo que eu queria falar.
- Oi Carlos, tudo bem?
-Não, eu não estou bem, quero que você me fale por que vocês não me avisaram que Luiza tinha voltado ao Brasil e quem é esse cara que está com ela?
-Por que Carlos, a Luiza não quis que avisassemos você, e segundo o cara que está com ela é o doutor Leonardo, ele e médico e eles trabalham juntos.
-Mas eu não fui avisado da sua volta.
-Carlos ela não quis e nós não podíamos passar por cima da sua vontade.
-Tudo bem Sara eu entendo, obrigado pelas informações.
Deixei Sara sozinha, e fui procurar um lugar mais sossegado precisava absorver as suas palavras.
Como pode, Luiza não querer que eu soubesse da sua volta.
Eu me senti rejeitado, e a rejeição pela parte da Luiza estava me doendo e muito.
Sai do meio do salão e fui na varanda tomar um ar.
Mas minha paz durou pouco, eu vi mais a frente Luiza é o tal médico.
Eles estavam rindo e brincando, eu estava ardendo de ciúmes e raiva.
Ela parecia leve, aquele sorriso que por várias noites e dias me alegraram hoje eram de outro.
Sai do coquetel, precisava sumir dali senão eu ia morrer de raiva.
Luiza, minha Luiza estava com outro e isso estava me ressentido.
Eu sei que o culpado sou eu, mas eu não aceito.
Podem me chamar de egoísta, machista o que quiser, mas essa mulher é minha.
Entrei no carro e fui pra casa, ali não dava mais pra ficar, sai sem se despedir de ninguém, não queria dar satisfação.
Entrei no meu apartamento e fui direto pra academia que eu tinha montado.
Quando Luiza foi embora, o jeito que eu achei de me desestressar era batendo no saco de areia.
E assim eu fiz, tirei meu smoking e fui socar, precisava aliviar a tensão.
Fiz um drink, coloquei uma música e comecei, não sei quanto tempo eu fiquei ali, mas eu saí de-la exausto.
Entrei no banheiro, tomei uma ducha e deitei, eu teria um dia cheio e ainda ia viajar no fim do dia, tinha um congresso pra participar.
Acordei com o celular despertando e com uma baita dor de cabeça, levantei tomei um banho e fui trabalhar.
A manhã foi corrida, não tive tempo nem para um café.
Várias audiências e papéis pra assinar, quando dei por mim era meio dia.
Avisei que ia sair pra almoçar e não voltava mais hoje, depois do almoço já ia pra Curitiba pro tal congresso.
Sai do fórum com um aperto no coração, não sei explicar mais era como se algo em minha vida fosse mudar.
No começo achei que era só cansaço, mas não era só isso.
Peguei um trânsito horrível, almocei ali mesmo perto do aeroporto e depois fui pra sala de espera pro embarque.
Já tinha feito as malas, e deixado no carro, então era só embarcar.
Estava sentado, lendo um livro quando ouvi conversas atrás de mim.
Eu olhei pra ver se era mesmo quem eu achava que fosse.
E para meu espanto era ela, sim a mesma, Luiza.
Mas ela não estava só, estava com o doutor e no colo ela tinha uma criança.
Eles não me viram, e eu pude observar os três.
Ele sorria e brincava com o menino que por sua vez sorria de volta.
Será que Luiza teve um filho com ele é e por isso não quis que eu soubesse?
Eu não conseguia me mexer, sair dali.
Eu fiquei ali observando a família, e aonde eles iam? Por que estavam no aeroporto?
Eu já ia me levantar do acento quando ouvi Luiza falar com o menino.
- Diz tchau pro padrinho Gael.
O menino no colo dela deu um sorriso e deu tchau.
O tal médico sorriu beijou o menino e se despediu da Luiza.
Ela sorriu e disse:
-Volta logo, ficaremos com saudades.
Ele não era pai do menino? Quem era o pai?
Quem era esse menino?
Minha cabeça na hora começou a doer, eu precisava de todas as informações possíveis e sabia quem ia me dar.
Liguei pro congresso e falei que não poderia ir, sai do aeroporto direto pra casa do Saulo, ele ia me dizer toda a verdade.
Esperei Luíza ir embora, minha cabeça estava um turbilhão, quem era aquela criança e quem era o pai.
É agora que o nosso promotor descobrirá toda a verdade?
E como ele aceitará o fato de ser pai?
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Promotor
Non-FictionCarlos é um homem cheio de traumas e medos. Será que um amor poderá o salvar?! Terceiro livro da Série Fragmentado!