Carlos!
Depois que entreguei Gael, fui até o encontro com a pessoa que tinha as informações, ele tinha me ligado a uns dias atrás, e disse que tinha papéis importantes sobre essa organização.
Parei o carro, umas duas ruas antes da favela de Paraisópolis,meu contato já estava a minha espera, abaixei o vídro do carro, ele veio até mim com um envelope.
- Juiz Carlos, aqui está. -falou ele me entregando um envelope.
-Está tudo aqui? - perguntei.
-Acaba com eles, com todos eles, por favor honre meu filho. -Disse saindo.
O homem que tinha acabado de sair da minha frente, era um homem destruído pelo crime organizado , seu filho era policial também, e foi morto em uma emboscada.
Ele estava trabalhando infiltrado, e acabou sendo morto
cruelmente, e sua morte foi usada como recado.Eu prometi a seu pai que eles pagariam pelo seus crimes.
E eu sou um homem de cumprir minhas promessas.
Iria reunir todas as provas possíveis, colocar essa organização toda na cadeia e jogar a chave fora.
Liguei o carro, em casa ia verificar todas as informações que continha no envelope!
Quando ia saindo meu celular tocou era Sara, coloquei no viva voz, assim podia atender e dirigir.
-Oi Sara. falei saindo e fechando o vidro do carro, não queria que ninguém ouvisse minha conversa.
Mas no que falei oi não percebi uma moto se aproximar, o vidro estava a um palmo para fechar, o motorista sacou de uma nove milímetros e atirou, eu só pude sentir a bala perfurar meu peito.
Ainda consegui fechar o vidro, mais disparos e disparos ,mas como meu carro era brindado só atingiram a lataria.
-Estava com Sara no viva voz, ela gritava pois estava ouvindo tiros.
-Sara . -consegui falar- estou ferido, chame os paramédicos por favor.
E se algo me ocorrer, cuide do meu filho e fale para Luiza que a amo e sinto muito por não ter dito isso antes.foi o que pude dizer antes de sentir que ia desmaiar.
Sara!
Ouvir os disparos e ouvir Carlos me dizer que tinha sido atingido, me deixou em angústia, nós sabíamos que o caso era arriscado, mas não esperávamos que fosse assim, tão rápido.
Nós fomos cautelosos, não era para o Carlos tomar um tiro.
Liguei para os paramédicos e já fui ao encontro de onde ele estáva.
Nós tínhamos feito um acordo, que sempre falávamos um para o outro onde iríamos para seguir pistas da organização.
Então eu sabia onde eu iria encontra- lo.
Quando avistei o carro do Carlos, tinha uma multidão, saí correndo e fui até lá.
Quando cheguei a polícia da região já estava, os paramédicos já haviam chegado.
Eu me apresentei,e fui até aonde estavam socorrendo o Carlos.
Eles tinham acabado de tirar ele do carro, eu cheguei mais perto e vi ele na maca, tinha sangue, muito sangue.
Carlos estava de olhos fechados, eu só pude ver os paramédicos dizerem pra correr pois ele estava morrendo.
-Senhora a senhora é parente?
Quer vim na ambulância?
precisamos ir.Eu só sabia mexer a cabeça, não isso não estava acontecendo, o que eu ia dizer ao Saulo!!
Meu amigo estava ali ferido e eu nem sabia como dar a notícia a todos!
Chegamos ao hospital, entramos pela emergência, não me deixaram acompanhar, eu precisava ligar para o meu marido.
-Oi gostosa, já saiu do plantão?
Para ele eu ainda estáva de plantão.
-Não Saulo, estou no hospital .
Ele não me deixou falar, ficou nervoso, desde ocorreu o meu tiro Saulo tem trauma, agora então, vai querer me por numa redoma.
-Saulo me escuta, eu estou no
hospital, Saulo por favor não pira, Carlos tomou um tiro e estou aqui com ele.Não ouvi mais nada, só o barulho da porta batendo.
Não demorou muito Marcos me ligou.
-Sara qual o hospital que vocês estão?
-No Albert , Marcos.
-Estamos chegando.
Não demorou mais que quinze minutos, chegaram Saulo, Marcos e Bernardo.
Saulo veio ao meu encontro, me abraçou e chorou.
-Senti tanto medo, Sara.
-Eu sei Saulo, eu sei.
Mas como ele está? Perguntou Marcos.
-Não sei Marcos, não sei.
-Eu vou lá ver ja volto com notícias. Bernardo entrou hospital a dentro.
-Quero que me conte tudo Sara, tudo mesmo. disse Marcos.
-Vou sim Marcos, mas não agora, agora só quero que Carlos esteja bem.
-Temos que ligar para Luiza, ela precisa saber. -falou Saulo.
-Não ligue, liga para o Leo, ele saberá como dar a notícia, até por que último pedido do Carlos antes de desmaiar foi, que a gente cuidasse do Gael e da Luiza.
- Falei com lágrimas nos olhos, tomara que eu não precise cumprir essa promessa.Marcos ligou para o leo e contou o ocorrido, e pediu para ele contar para Luiza o que tinha ocorrido e pediu para trazer ela o mais rápido possível para o hospital
E nós ficamos ali esperando notícias.
O tempo não passa quando estamos esperando notícias de alguém que está sendo socorrido e isso nos deixa agoniados.
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O Promotor
Non-FictionCarlos é um homem cheio de traumas e medos. Será que um amor poderá o salvar?! Terceiro livro da Série Fragmentado!