Carlos!
Quando eu deixei Luiza ir embora, eu era muito imaturo e irresponsável emocionalmente falando.
Eu apesar de ajudar as pessoas e ser uma boa pessoa.
Eu era muito egoista e hipócrita, e duro admitir isso, mas é a mais pura verdade.
Eu ja amava ela, mas acreditava que aquele sentimento não era o bastante para ficarmos juntos.
Eu precisei ver ela com outro cara, sentir na pele a dor da perda, para ver que eu realmente a amava.
E quando vi meu filho, nos braços daquele homem, entendi que se eu não fizesse nada, eu iria realmente perder os dois.
E ai sim, eu iria amargar isso para o resto da minha vida.
Tomar atitudes erradas, nos faz sentir as consequências dela.
Não podemos voltar atrás em atos e atitudes tomadas.
Pagamos por aquilo que fazemos, são reflexo das nossas atitudes, eu hoje posso sentir todo esse reflexo, ao ver meu filho e minha mulher nos braços de outro.
Depois daquele sábado que fui no apartamento da luiza, não a procurei mais.
Pegava o Gael com a babá e o entregava para ela mesma.
Meu coração estava dilacerado, mas eu tinha me conformado com o fim de tudo.
Minha alma estava cinza, eu era o unico culpado por isso, mas não
queria mais sofrer por ter sido um babaca, um egocêntrico.Mergulhei denovo ao trabalho, julgamentos e mais julgamentos.
Ajudava os meninos nos casos da Cissa e da Sara, Laura terminou a faculdade de direito, passou na OAB e depois de 3 anos atuando ao lado do Marcos ela fez o concurso de promotoria e passou.
Eu sabia da Luiza por eles, que o Leonardo veio pra ficar no Brasil e está trabalhando com ela.
Minha vida estava resumia em ver meu filho e trabalhar.
E assim foram meus meses, rotina e mais rotina.
Essa semana eu recebi um telefonema que me deixou instigado e intrigado.
O crime organizado, estava agindo no Brasil, com várias denúncias de tráfico de influência, tráfico de mulheres e de drogas.
Eu havia recebido uma denúncia, queria investigar antes, pra depois levar ao ministério público.
Procurei a Sara, lhe contei sobre o caso, ela se interessou.
Ela fez uma contatos com um delegado da Polícia Federal, eu fui até um amigo meu que está na interpol.
E decidi investigar essa organização.
Já fazia dias que estavamos juntando provas, e depoimentos.
Meu caso se cruzou com um policial, morto em combate pelo chefe do crime organizado.
Alberto morreu ao defender uma vítima de sequestro, isso foi um baque em toda corporação.
Restava saber mais sobre essa organização, eu sabia que eles eram grande, usavam o dinheiro da droga para comprar o silêncio das pessoas.
Meu amigo da Interpol, tinha várias informações sobre essa quadrilha.
E como ele já me ajudou em alguns casos, ele estava me ajudando através da Sara e do delegado federal.
Eu como juiz não podia intervir assim, mas podia usar da minha influência pra prender todos, se eles tivessem atuando aqui no Brasil, ajudando a polícia federal a investigar, e eu até gostava de fazer isso.
A justiça pode ser cega, mas enxerga no escuro.
Hoje eu ia ver o Gael e depois, eu ia ver uma pessoa que tinha informações privilegiadas.
Cheguei na porta do apartamento da Luiza, e ao tocar a campanhia esperava a babá me entregar ele, mas para minha surpresa que fez isso foi Luiza.
Eu no princípio fiquei sem reação, não esperava ela ali, eu sempre ia no mesmo horário e sempre ela estava no hospital.
Mas hoje o destino quis me pregar uma peça, e quando ela abriu a porta meu coração parou por um minuto.
Ela estava linda e com um sorriso de arrancar suspiro.
-Oi luiza tudo bem? Não esperava ver você aqui.
-É verdade Carlos, e que hoje tenho o almoço dos médicos e por isso tirei o dia para me arrumar, você veio ver o Gael?
-Sim Luiza, vou levar ele ao parque brincar.
-Fico feliz por vocês se darem muito bem.
Eu ia falar algo mais, mas uma voz me tirou a concentração.
-Papai você chegou.-Disse Gael me olhando.
Ele estava nos braços do Leonardo.
Toda vez que isso acontecia, eu morria de ciúmes.
- Sim Gael, vamos ao parque brincar um pouco? .Falei dando a mão pra ele.
Ele desceu dos braços do doutor e correu pra mim.
Dei tchau para a Luiza e fui direto pro elevador.
Brincamos por quase duas horas, depois levei ele pra tomar um sorvete, e antes do almoço o levei pra casa.
Entramos sorrindo e brincando, mas quando cheguei a porta do apartamento meu coração começou a se entristecer.
Toquei a campanhia, e a babá veio atender.
-Vim entregar o Gael.
-Assim doutor Carlos, a dona Luiza ja deixou avisado.
Dei um beijo no meu filho e um abraço.
Sai de la com uma dor imensa no coração.
Luiza!
Ver Carlos fez meu coração disparar como sempre.
Depois que ele saiu com o Gael, fui para o quarto me arrumar.
Ouvi uma batida na porta.
-Pode entrar.Era Léo.
-Tudo bem Luiza? percebi que você ficou triste quando viu o Carlos.
-Não Léo e impressão sua.
-É luiza você precisa aprender a mentir melhor, eu conheço você, e sei que você o ama muito, e isso esta lhe fazendo sofrer muito.
-Me fala leo do que adianta amar uma pessoa que não me da valor?
Que me machucou? Agora e fácil vim aqui se fazer de cachorro arrependido.-Rsrsrs Eu sei Luiza mas análise tudo e veja se não vale a pena vocês viverem essa história mal resolvida.
Eu realmente precisava rever tudo isso e ver o que eu queria.
O amor que eu sentia pelo Carlos, não diminuiu nem um centímetro, só aumentou a casa dia!
Não me relacionei com ninguém, não quis Abrir meu coração.
Só vivia pro Gael e pro meu trabalho.
Saímos do apartamento, o Carlos
não tinha trazido o Gael ainda.Deixei recomendações a babá e fui ao tal almoço.
mas sai com meu coração apertado, não sei dizer, mas meu coração estava inquieto.
O dia estava cinza, sei lá, eu não estava bem.
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O Promotor
Non-FictionCarlos é um homem cheio de traumas e medos. Será que um amor poderá o salvar?! Terceiro livro da Série Fragmentado!