Luisa!
Eu estava no almoço com o Leo, e meu coração estava apertado.
Não sou de ter superstição, mas meu coração estava prevendo algo terrível.
Estava pensativa, quando ouço o celular do Léo tocar, ele olhou como se estranha-se aquele telefonema.
-Alo, oi sou eu, sim posso falar.
- Eu fiquei olhando para ele, e ele me olhou, desligou o celular e veio até a minha cadeira.
- Luiza, pega sua bolsa, e vamos embora.
- Por que Leo? O que houve? Não me diz que era a babá? E algo com o Gael?
- Não luiza, Gael esta bem, mas o Carlos tomou um tiro e está no hospital.
- Como assim um tiro? Foi um assalto? Comoooo tomou um tiro?.
Não percebi, mas ja estava histérica.
- Luiza, não sei como aconteceu, so sei que e para irmos para o hospital.
Saimos do almoço quase correndo, eu queria ir logo para ver o Carlos.
Mesmo leo tendo todo cuidado em me dar a noticia, eu só pensava em tudo, no nosso filho.
Entrei no carro e todo trajeto eu so orava e pedia a Deus que ele estivesse bem.
Não posso Senhor perder ele agora, não posso ficar sem ele.
Eu sei que estamos afastados, mas não estou preparada para perder ele.
Por favor Pai, esteja com ele, seja seu médico.
E assim fui, até chegar ao hospital.
Ao adentrar à recepção, todos vieram em minha direção, Sara só chorava e me abraçava, Cissa falava que ele era forte e que iria resistir.
Fomos encaminhados até a sala de espera.
La estavam, eu, Leo Sara, Saulo Cissa Marcos e Laura.
Saulo, estava de pé, olhando pela janela, como se olhasse para o vazio.
- Como ele está? Perguntei.
-Não sabemos. Disse Marcos ao me abraçar.
-Vou la dentro saber notícias dele. Disse leo.
- Vou também. -Falei.
Não vai Luiza, regra do hospital lembra?
Você não pode acompanhar nada, pois ele e seu parente próximo.- Leo que se dane essa regra, e o pai do meu filho que esta la, e o homem que eu amo.
- Não luiza, eles não deixariam você entrar, por favor fique aqui, Bernardo está de plantão e eu vou la, logo volto com noticias, por favor fique aqui e não se desespere.
Como não me desesperar, como não temer, um tiro e no peito, nós médicos sabemos o quanto isso pode ser fatal.
Sentei no banco e deixei as lágrimas que eu não tinha derrubado cair.
Por que Meu Deus?Por que?? lágrimas era so o que eu sabia transmitir.
Ja tinha se passado mais de 10 horas, eu ja tinha ligado em casa, comunicado a babá do ocorrido e disse a ela para não dizer nada a Gael.
Cissa tinha me oferecido um lanche mas sabe quando você esta em transe? Era eu, só sabia tomar café e orar a Deus para que ele não levasse o meu amor ainda.
Depois de onze horas de espera angustiante, Bernardo apareceu.
- Como ele está Bernardo? Falei se levantando.
- Luiza, Carlos tomou um tiro no peito, foi um milagre não ter ido a óbito no local, ele perdeu muito sangue, o projetil entrou e saiu, isso foi bom, os médicos fizeram tudo o que foi possível, e agora ele esta fora do risco de morte, mas Luiza, ele está em coma, sinto muito.
Em coma? Como assim, eu queria gritar pro mundo minha dor, ai que dor, em coma.
- Quero ver ele Bernardo, quero poder dizer a ele que estou aqui.
-Luiza, vou te deixar entrar 5 minutos, ele está na UTI, precisa de cuidados e você não pode ficar la.
- Eu sei como funciona Bernardo, sou médica lembra?
Posso ir ver ele?- Pode! Você sabe o caminho, cinco minutos, por favor luiza.
Entrei na UTI, e minha reação foi chorar, e assim o fiz, peguei uma cadeira, sentei e peguei a mão do Carlos e fiz ele sentir que eu estava ali chorando por ele.
Bernardo!
Eu estava na pediatria, quando karev veio me comunicar que o Carlos tinha dado entrada no hospital com um tiro no peito, e que corria risco de vida.
Eu imediatamente, fui tentar ajudar mesmo não sendo minha área.
Sabia que ele não podia morrer, Luiza não suportaria perder ele assim.
Ela se fazia de forte, mas todos nós sabemos que ela ama ele, e ele ama ela.
Liguei pra Cissa e comuniquei o ocorrido, ela disse que ia deixar o Arthur com a babá e ja estava vindo pra ca.
Leonardo!
Quando entrei, sabia que Carlos estava na sala de cirurgia, Karev estava fazendo a cirurgia, e Bernardo estava acompanhando tudo, Luiza nunca tinha xingado ou gritado como hoje, hoje podemos ver que o amor deles ainda estava longe de acabar.
Fui saber mais informação, Sofia veio ate meu encontro.
- Oi leo, tio Carlos vai sair dessa, eu sei que vai.
Ela estava chorando, e meu intuito foi confortar ela.
- Ele vai Sofia, Carlos e um homem forte.
Ficamos ali no corredor, em silêncio só com a batida dos nossos corações.
Sofia!
Eu nunca tinha parado para olhar realmente para o Leonardo, ou Léo, até hoje com o ocorrido com o tio Carlos, ele além de um profissional incrível e já homem bonito e cheiroso, se não fosse pelo ocorrido que pode levar a morte de alguém que gosto muito, eu correria o risco de fletar com ele.
Mas nesse momento quero só que o Carlos saia dessa e que possa viver com a Luiza todo esse amor que sabemos que ele tem por ela.
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O Promotor
Non-FictionCarlos é um homem cheio de traumas e medos. Será que um amor poderá o salvar?! Terceiro livro da Série Fragmentado!