Diamond 》Park Chanyeol 《

16

Londres,

- Amor, sai logo dai. - Madeleine ouviu a voz de Eric, do outro lado da porta.

Paciência nunca fora uma das virtudes de Madeleine, mas naquele momento, trancada no banheiro da casa do namorado, ela não sentia pressa alguma em sair.

Estava passando mal a dois dias e sua menstruação estava atrasada, então pediu ao menino que comprasse um teste de gravidez, o que deixou Eric com um sorriso de orelha a orelha com a possibilidade de ter um filho.

Mas Madeleine não estava tão contente assim. Claro que ela sonhava em ter um filho com Eric também. Mas não sabia se estava pronta no momento. O misto de emoções dentro dela a faziam querer sumir. Queria que desse negativo, mas estava esperançosa que desse positivo.

- Madeleine, por favor, você está aí dentro a quase uma hora. - Eric batia na porta.

Ela olhou no relógio, e percebeu que ele estava certo. Passara todo aquele tempo lá dentro, e ainda não tinha olhado o resultado.

" Seria mais fácil com Alicia ou Madison aqui." Ela pensou.

Respirou fundo algumas vezes, suspirou de frustração, mas por fim, conseguiu olhar o resultado do teste. A decepção misturada com felicidade tomaram conta do rosto da menina. Mas quando a ficha caiu, as lágrimas foram junto. Ela não estava grávida e não conseguia se sentir de outra forma, senão devastada. Por ela e por Eric. Se sentia culpada já que tinha dito à Eric que tinha certeza sobre a gravidez.

Abriu a porta do banheiro, recebendo logo um abraço de Eric, que sorria.

- Não se preocupe, você vai ser uma ótima mãe e eu vou tentar ser o melhor pai do mundo. - ele diz afobado. - Nós vamos comprar tudo juntos, eu vou acompanhar cada detalhe. Vamos nos casar quando você completar quatro meses, para poder mostrar a barriguinha. Você vai ficar linda de barrigão. E...

- Amor. - ela tentou falar.

- ... vou te ajudar a trocar as fraldas e dar banho...

- Amor. - tentou de novo.

- ... e nós vamos brincar muito...

- Eric, eu não estou grávida. - ela aumentou a voz que estava embargada por conta do choro.

Eric sentiu seu coração se contrair e seu chão desmoronar. Desfez o abraço com Madeleine e se sentou no sofá. As lágrimas caiam sem freio e sua mente parecia não querer processar aquela informação. Ele já havia feito tantos planos, que tudo parecia irreal.

Olhou para Madeleine, em pé ao lado do sofá, de cabeça baixa chorando de soluçar. Levantou e correu para abraçar a namorada. Se ele estava triste, não podia imaginar como ela se sentia.

Madeleine lançou os braços ao redor do pescoço do maior, sussurrando pedidos de desculpa. Eric chorava em silêncio, afagando as costas da menina. Ela tremia com o rosto enterrado no peito do menino.

- Amor, olha pra mim. - Ele pediu, mas ela balançou a cabeça negando. - Amor, olha pra mim.

Quando ela foi capaz de olha-lo, ele sorriu. Mesmo com os olhos inchados, rosto vermelho e cabelos desarrumados, ela estava linda.

- Eu te amo. - ele disse olhando nos olhos dela. - Eu te amo muito. Você não tem culpa de nada. Nós ainda teremos milhões de chances de ter filhos.

- Mas eu te decepcionei. - ela fungou.

- Nunca mais diga isso. - Eric a abraçou mais forte. - Nunca mais diga essa besteira de novo, mesmo que você me deixasse, eu não seria capaz de me decepcionar com você.

- Eu te amo. - ela disse em meio ao choro.

Eric pegou a namorada no colo e levou para o quarto. Deitou-se do lado dela, com os braços a sua volta. Nenhum dos dois foi capaz de dizer algo. Apenas ficaram em silêncio, aproveitando o calor um do outro.

- O que acha de tirarmos umas férias? - ele perguntou, minutos depois. - Poderíamos viajar, visitar sua irmã e a minha, sei que sente muito a falta delas.

- Como podemos viajar agora? Ainda estamos em março. - ela diz.

- Você pode deixar alguém no comando da empresa por um mês, e eu posso sair de férias quando quiser. - Ele explica.

Madeleine riu fraco.

- Filhinho de papai. - implicou. - Quando vamos?

- Amanhã.

- Assim? Do nada? - ela arregalou os olhos.

- Assim, do nada. - ele sorriu. - Podemos ficar fora um tempão. Visitar todos os lugares que quisermos, e só quando voltarmos, pensarmos juntos sobre nosso casamento e futuro.

Madeleine arqueou as sobrancelhas.

- Mas você fez o pedido ainda. - ela disse fazendo cara de desentendida.

- Não seja por isso.

Eric se levantou, indo até o closet, deixando a namorada sem entender o que ele quis dizer.

Quando voltou, trazia consigo uma pequena caixinha preta com uma fita dourada.

- Madeleine Willian, você aceita se casar comigo? - ele pergunta abrindo a caixa, revelando um anel.

Madeleine estava surpresa demais para dizer algo. Estava junto de Eric há tanto tempo, sem que nenhum dos dois  falasse algo sobre casamento, que já havia se conformado que o menino nunca a pediria. Mas ele o fez.

- Amor, se demorar mais vou achar que você não quer casar comigo. - ele riu nervoso.

A essa altura, as lágrimas corriam sem freio novamente, pelo rosto da menina.

- Sim, sim, sim, sim. - ela repetia. - Mil vezes sim.

O menino sorriu largo. Colocou o anel na mão da namorada, agora noiva, e lhe beijou.

Um beijo diferente de todos os outros que já tiveram ao decorrer dos 5 anos de namoro. Podiam sentir o amor que tinham um pelo outro, o carinho, o desejo. Podiam sentir que eram um do outro.

Eric a levantou e se sentou com ela na cama.

- O pedido de casamento você aceitou, mas e a viagem? - ele a perguntou, olhando em seus olhos enquanto secava suas lágrimas.

Madeleine sabia que seria impossível resolver tudo o que era preciso para a viagem deles em um dia e meio. Mesmo assim não ligava. Tudo podia dar errado. Ela estaria com Eric, e isso era a única coisa que importava.

- Eu vou à qualquer lugar com você. - ela selou os lábios do maior. -

- Então acho melhor nós nos prepararmos porque se continuarmos assim não vamos sair desse quarto tão cedo.

Ela gargalhou.

- Você é um idiota. - ela disse passando a língua nos lábios.

Ato que não passou despercebido por Eric.

- Pensando bem, acho que a viagem pode esperar um pouco.

Não demorou muito para que ele avançasse nos lábios de Madeleine, para o primeiro beijo da sequência de muitos outros que eles ainda trocariam naquele dia.