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Dom havia me ligado para encontrá-lo perto de casa e eu aceitei

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Dom havia me ligado para encontrá-lo perto de casa e eu aceitei. Não pensei muito bem, apenas me agasalhei e fui.

Em um momento eu estava atravessando a rua enquanto Dom vinha ao meu encontro. Eu estava tão feliz em vê-lo livre, longe daquela cela imunda. No outro, alguém surgiu na esquina com o rosto coberto pelo capuz preto do moletom. Não liguei. Porém, parei no meio da rua quando escutei meu nome.

Virei o rosto e lá estava o garoto de moletom apontando uma arma para mim. A luz do poste iluminou parcialmente seu rosto coberto pelas sombras da noite.

Eu conhecia esse rosto. Era ele, Ryan. Confusão se apoderou do meu corpo, e uma gota de suor escorreu da minha testa. O loiro retirou o capuz e seu cabelo estava bagunçado e os olhos vidrados e vermelhos.

— Como pode? - Ryan perguntou em um tom quebrado.

Dei uma passo em sua direção e o mesmo balançou o revolver em um claro sinal para eu parar.

Obedeci.

Então, ele ajoelhou na calçada e apontou a arma para a própria cabeça.

Não...

Entrei em puro desespero.

Fui pedir ajuda para Dom mas, o mesmo apontava uma arma para minha testa. O cano da arma contra minha pele causou calafrios em meu corpo.

— Eu deveria ter te matado antes — Dom disse com uma calma que me aterrorizou.

Eu sem dúvidas morreria, pela mão de um ou de outro. Então o disparo surgiu.

Fechei os olhos com força. Mas... a dor não veio. Eu continuava viva.

Abri os olhos e desejei fecha-los no mesmo instante.

Ryan havia se matado. Seu corpo estava caído contra o chão sujo da calçada. Os fios loiros sujos de sangue.

Meu coração se partiu.

Agachei com as mãos na cabeça e gritei. Tudo começou a girar, e então, a escuridão consumiu tudo ao meu redor.

Levou segundos até eu retornar á consciência e, quando isso aconteceu eu estava em outro lugar. Dessa vez em um ringue, mas não havia espectadores.

Havia apenas eu e uma arma em minha mão.

Escutei um gemido de dor e fui guiada pelo som. Em passos lentos para fora do ringue, acabei tropeçando em algo.

Na verdade, em alguém...

Eu caí a centímetros do rosto de Dom, que se encontrava contra o chão. Sangue pintava seu cabelo loiro, e eu sabia quem havia feito isso.

Levantei em um pulo. Meu pijama estava molhado de suor. Lágrimas deslizavam suavemente pelo meu rosto.

Foi apenas um pesadelo.

Nada foi real.

***

Estava distraída pensando no sonho de mais cedo quando meu celular tocou. Era o meu advogado. Ele ligou para avisar que tinha conseguido negociar a saída de Dom da cadeia.

Essa notícia sem dúvidas deixou o meu final de semana melhor.

A notícia da liberdade de Dom se espalhou deixando muitas pessoas zangadas, entre elas meu pai.

Eu não poderia ver Dom durante um tempo, necessariamente até a poeira baixar, assim instruiu meu advogado.

***

O por do sol havia sido há algumas horas. Encarei meu reflexo através do espelho do meu quarto. Eu havia escolhido vestir um casaco vermelho com uma bota over preta que batia nas minhas coxas.

Meu celular tocou em cima da penteadeira.

Era meu amigo James.

— Fala, gatinho.

Ele riu.

— Está pronta, gatinha?

— Estou sim.

— Ok, estou saindo agora de casa. Daqui uns 20 minutos estou aí!

— Ta bom, tchau.

Há exatos 20 minutos James buzinou em frente à minha casa. Peguei minha bolsa transversal e a coloquei no ombro. Tudo que eu precisava - e cabia -, estava dentro daquela bolsa.

Onde eu estava indo? Para uma festa de aniversário de uma garota da faculdade. James e Demi me convenceram a ir com o estúpido argumento de que eu não saia mais de casa.

Se eles soubessem...

Após meia hora dirigindo, James conseguiu enfiar seu Mustang em uma vaga apertada há duas quadras da casa da garota. Eu odiava andar de salto em calçada, então optei em ir pela rua.

O barulho do motor de uma carro me chamou atenção e olhei para trás. Não conseguia ver o motorista, e o mesmo acelerou em vez de diminuir a velocidade. Era uma rua estreita devido aos carros estarem estacionados nos dois lados.

Tive um péssimo pressentimento e decidi me espremer no meio de dois carros estacionados. O motorista passou reto em uma velocidade acima da permitida.

— Alexia?

Demi e James vieram ao meu encontro.

— Estou bem.

Apesar dos apesares...

— Vamos pela calçada, é mais seguro, e a casa está logo ali — ele apontou para o sobrado todo iluminado e lotado de universitários.

Mais alguns passos e chegamos! Alguns olhares caíram sobre nós e reconheci alguns deles.

—  A boa e velha Alexia está de volta? — Luck, um antigo ficante me abordou, ignorando totalmente Demi e James.

— Acho que não — não disfarcei o tédio.

—Ah, é mesmo. Houve todo aquele lance com você, né? Você está bem?

Irritação me preencheu.

— Sim, está.

Luck deu uma golada em sua cerveja e foi abordado por um grupo de pessoas. Aproveitei e segui meus amigos para dentro da casa.

***

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