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Puta merda

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Puta merda.

Esse foi o meu primeiro pensamento quando acordei. Meu braço estava dolorido, e parecia que um trator havia passado em cima de mim. Meus lábios estavam sensíveis e eu estava com bastante sede. Olhei ao redor e estava no meu quarto.

Confusão me preencheu.

O quarto cheirava a álcool... Mas, por quê?

Então eu me lembrei. Flash de memórias inundaram minha cabeça.

Fredy atirou em mim.

A porta abriu e meu pai entrou para dentro. Ele sorriu para mim e se sentou na beira da cama.

— Como se sente? — perguntou.

— Dolorida — choraminguei.

Papai sufocou um riso.

— Que bom que finalmente acordou.

— Por quanto tempo estive apagada? — quis saber.

— Apagada apenas algumas horas. Inconsciente, alguns dias. 4 dias — meu pai informou.

Que merda...

— Estou com muita sede.

Meu pai levantou da cama.

— Já volto — e sumiu pela porta.

Procurei pelo meu celular e o encontrei ao lado da cama, no criado mudo. Peguei o aparelho, mas estava desligado, ou sem bateria. Tentei ligar. A tela acendeu.

Aguardei.

Os próximos segundos foram um loucura de notificações, não parava de chegar. Tive que esperar por um tempo até acabar as notificações.

Meu pai apareceu na porta com um copo d'água, me entregou e saiu dizendo que ia fazer o jantar. Meu estômago roncou.

Mensagens de uma pessoa atraiu minha atenção imediatamente. Respirei fundo e abri os sms. Havia vários deles. Li todas e resolvi responder:

"Estou bem :)"

Isso soou tão indiferente. Mandei outra:

"Como você está?"

A resposta veio segundos depois. Uau.

"Agora que me respondeu, estou bem''

Sorri.

"Posso te ver?" ele enviou logo em seguida.

Não respondi.

Eu deveria? E se alguém nos visse?

Suspirei.

Quer saber? Dane-se.

***

Voltar para a faculdade foi no mínimo estranho. Muitos olhares em minha direção e pessoas que eu nunca havia falado veio oferecer melhoras com o que havia acontecido comigo. Eles estavam mais preocupados com a minha saúde, do que eu mesma.

Atração Fatal 🔪Onde histórias criam vida. Descubra agora