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Presa nos meus sonhos e esquecendo

Eu tenho agido como se fosse o apocalipse

Porque você

Me segurou em seus braços um pouco forte demais

Foi isso o que eu achei

Mustang White - Lana Del Rey

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Acordei assustada e ensopada. Um dos malditos mascarados, jogou água fria no meu rosto enquanto eu dormia.

Sério, que filho da puta. O quê é isso, meu purgatório?

Não demorou muito para o outro capanga chegar. Eu quero saber o quê está acontecendo, qual o propósito disso tudo.

Vou ser torturada até morrer? Ou vou implorar para morrer?

Eles devem ter percebido a minha confusão e trocaram olhares atrás das máscaras bizarras.
Meu olhar caí sobre o canivete na mão de um deles, que até então eu não tinha percebido.

Meu corpo gela.

— O quê vocês querem comigo? — eu praticamente suplico por alguma explicação. — Vão me cortar de novo? Vão me ferir até não sobrar nada?

Sinto que vou enlouquecer a qualquer momento.

— Claro que não meu anjo — ele faz uma pausa dramática — Vamos deixar sua buceta inteira para brincarmos com ela.

Ele teve a ousadia de piscar para.mim.

Confesso que isso empurrou a merda para fora de mim, no sentido literário da coisa. Se é que eu posso dizer isso. Quero gritar, correr, tentar me defender. Mas a única coisa que consigo fazer é ficar paralisada.

E também estou com cordas em volta dos meus pulsos, presos a cabeceira de ferro.

— Ela não fica linda chorando Kevin? — o da máscara da Anonymous perguntou para o outro.

Eles não iriam me entregar o nome de um deles assim, tão fácil. Isso quer dizer que pretendem me matar. Não, isso não pode ser verdade.

— Estou até com tesão. Que vontade de rasgar sua buceta... Ai, ai, loirinha...

Isso veio de Kevin. Sinto o medo se alojar nas minhas veias. Só de imaginar um deles me tocando... Cara, isso é fodido.

— Agora estou com vontade de ver. Como será que é? lisinha e rosadinha? O quê acha Cobra? — Kevin perguntou.

— Vamos descobrir.

Eu chutaria a cara deles se eles se aproximassem de mim. Mas eles vieram mesmo assim.

Um deles chegou a tocar na minha perna mas o barulho de carro os fizeram parar. Respirei aliviada.

— Não se sinta aliviada loirinha. Acredite, vai preferir nossas mãos, em vez da dele.

Estão falando do cara de ontem. Pelo jeito que falou, o outro deve ser o chefe deles.

— Se contar corto sua língua. Não duvide. — Kevin ameaça.

Acredito nele.

Tiraram as cordas do meu corpo e fui posta de pé. Kevin me empurrou para eu andar e eu quase cai no processo. Estávamos de volta ao que eu presumo que seja a sala.

Atração Fatal 🔪Onde histórias criam vida. Descubra agora