Quando eu e o Harry estamos no andar de cima eu olhei para todos os lados para ver se tem alguém vendo. Eu entrei em uma sala escondida de instrumentos musicais, olhei pro Harry que estava boquiaberto.
- O que foi garoto?- Perguntei com uma expressão assustada.
- Você está me perguntando o que foi?- Ele perguntou olhando nos meus olhos e eu assenti.- Bom... você tem uma loja em casa. Da pra roubar e você nem vai....- Cortei-o de imediato.
- Nem pense seu imbecil.- Comecei a frase a abracei uma guitarra.- Eu sei de todos eles... todos tem um nome.
- Você está de brincadeira não é?.- Eu só fiz negar com a cabeça e ele deu uma gargalhada.- Mulheres.
- Homens.- Fiz o mesmo que ele só que mais baixo.
- Como é?- Perguntou com uma cara de confronto.
- Hum? Nada não.- Me afastei e sentei no banco que da acesso ao piano.- Vamos logo ao que interessa.
- Ok... então você canta nao é?!.- Me pergunto sentando ao meu lado.
- Oow claro né.- Respondi o fitando nos olhos.- E você?
- Bom eu canto sim... mas vamos ao que interessa que eu quero ir embora.- Ele tocou umas teclas do piano o que fez com que eu rise.
- Primeiro playboy, para fazer uma música não é só um dia, tem os ensaios e tal e é meio dificil.- Ele olhou pra mim com uma sobrancelha arqueada.- E segundo você vai ficar com violão, porque você é péssimo no piano.- Falei a rir e ele observava tudo que eu fazia com todos os detalhes. Chega a ser um incômodo.
- Huum ta bom... é vamos fazer a melodia ou a letra primeiro?- Ele perguntou saindo de perto de mim e se sentando no banco de trás com uma expresão de desentendimento de si mesmo.
- Que tal nos falarmos o que odiamos um no outro e depois as qualidades.- Dei uma sugestão e ele trouxe a cadeira pra mais perto.
- Vai ficar difícil...- Me olhou de cima a baixou e respirou fundo- Porque eu não vi nenhuma qualidade em você, só coisas que são repugnantes.- A voz dele estava tão rouca que me causou arrepios.
- Que bom porque eu também não vejo nada de bom em você.- Falei com uma expressão de raiva e desconforto.
- Ta bom vou acreditar... sim aonde tem papel e caneta?- Eu apontei para uma estante cheio deles com uma cara óbvia.
- Quem começa?- Perguntei assim que ele se sentou perto a mim e fez o piano de apoio.- Ei cuidado com o John, Jane me deu de presente.- Empurrei o braço dele e ele botou de novo.
- Não vou quebrar sua vadia e não ligo se essa outra vadia te deu. - Ele me repreendeu e eu o olhei incrédula com a boca aberta.- E você começa.- Revirei os olhos e me aceitei na cadeira *ou banco.
- Ok... eu odeio seu jeito tosco, quando você é tarado, odeio o fato de você ter batido em uma mulher, odeio o fato de você ter quase me estrangulado... o que foi?- Perguntei e ele soltou um riso nazal e respondeu *nada.- bom... odeio sua ignorância, frieza, incompetência, irresponsabilidade, seu jeito galinha, sua voz rouca, seu sorriso, seus olhos frios, quando você me derrubou ao chão, sua forma de andar, seu cabelo.- Ok estou falando de mais.
- Nossa muita coisa né... até meu exterior entrou no meio estou chocado, sério magoou .- Ele falou entre um riso sem graça.
- É mais eu ainda não terminei... odeio também quando você ri sarcasticamente e...- Ele me interrompeu e me olhou assustado com as suas mãos a cabeça.
- Ta bom senhorita perfeita, já entendi, agora é minha vez.- Ele chegou mais perto de mim e respirou fundo.- Ok... eu odeio quando você se acha superior, odeio quando me respondi, odeio quando me olha, odeio sua ignorância, suas diferenças, sua futilidade, odeio te ver, sua respiração, o fato se se achar porque é riquinha e papai e mamãe te da tudo...- Como ele pode falar coisas de não sábe? eu não tenho mãe- Eu odeio sua voz odeio TUDO em você.- Nossa essa doeu.
- Nossa essa eu não esperava... mas fazer o que ne.- Eu me levantei da cadeira com lágrimas nos olhos.
- Você sabe julgar e não sabe ser julgada.- Ele também se levantou e me virou para ele segurando no meu braço direito, ele fez uma cara de desentendido.- Você está chorando Bia?- perguntou e ia tocando no meu rosto mas eu desviei.
- Eu não estou... mais deveria.- Me soltei dele.- Eu não tenho mãe Harry e minha vida não é um mar de rosas.- Me virei pra ele e lágrimas caíram dos meus olhos.- Minha vida é um mar de inferno.O olhar dele era indecifrável, parecia que estava gravando uma luta com sigo mesmo. E eu estava com o rosto todo vermelho de tantas lágrimas e de prender ou tentar prender o choro. De repente ele me segura nos dois braços e chega sua cara bem perto a minha, sua respiração quente se mesclando com a minha e seus olhos num verde escuro indecifráveis.
- Você acha que eu gostei do que você me falou?- Ele me perguntou e eu o olhei confusa.- Bom Beatriz minha vida também não é perfeita, e eu não suporto saber que ela não é. Eu posso ser como for, mas se eu pudesse não seria assim.- Ele chegou mais perto de mim e nossas testas se tocaram por milésimos segundos.
- Você pode mudar tudo na sua vida... todos te respeitam e não te humilham. Pelo contrário você que é o vilão da história.- Sussurrei a última frase e eu senti ele se arrepiar.
- Eu so faço isso pra obter fama e...- Eu cortei ele com um shhi e ele suspirou pesado.
- Bater em mulher sem público para aplaudir não me parece que você quer que vejam- Assim que terminei a frase ele fechou os olhos firmemente e apertou meus braços com mais força.- Harry você está me machucando.- Ele só fez apertar mais.
- Eu tenho motivos para o fazer. Elas merecem. E eu já deveria ter te dado uma lição também...
- E porque não da? porque você não me bate e me mata logo para eu sair desse mundo?- Ele despertou mais meus braços suspirou e abriu os olhos que estavam mais claros.- Eu ainda não fiz isso com você... porque eu simplesmente não consigo.- Ele falou com um sussurro, ele estava tão perto que nossos narizes se encontram um ao outro.
- Ok... mas conseguimos fazer música.- Terminei a frase e me afastei.
- É... então ta.- Ele pareceu incrédulo mais voltou ao normal como se tivesse saído de um transe.E assim foram mais algumas horas e já eram 22:30 e ele decidiu ir embora, na verdade eu o expulcei mas tudo bem. Nos já fizemos a base da música e a introdução.
Tomei um banho que pareceu um banho de uma eternidade vesti meu pijama pus os fones e me deixei levar com a música e comecei a cantar baixinho.
She lives in a shadow of a lonely girl
Voice so quiet, you don’t hear a word
Always talking but she can’t be heard
You can see it there, if you catch her eye
I know she’s brave, but it’s trapped inside
Scared to talk, but she don’t know why
Wish I knew back then what I know now
Wish I could somehow go back in time
And maybe listen to my own advice
I’d tell her to speak up, tell her to shout out
Talk a bit louder, be a bit prouder, tell her
She’s beautiful, wonderful
Everything she doesn’t see
You gotta speak up, you gotta shout out
And know that right here, right now, you can be
Beautiful, wonderful, anything you wanna be
Little me...
ninguém nunca vai entender o que eu sinto, e ninguém vai me defender dos meus próprios demônios. Nunca.
já estou com planos para os próximos capítulos hihihihi estou super ansiosa. Malikisses e até o próximo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu bad boy [H.S]
Ficção AdolescenteMeu nome é Beatriz ou Bia Pierre, eu realmente não sabia nada da vida mas sabia que um dia eu iria encontrá-lo. "Só não sabia que iria me arrepender amargamente". Um cara que esconde seus demônios mais eu consigo desarmalo, como se fosse uma droga m...