Declarações

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As terras de Holldegan seguiam por um extenso Vale verdejante

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As terras de Holldegan seguiam por um extenso Vale verdejante. Ao longo dessas terras um grandioso rio serpenteava em um tortuoso caminho seguindo por toda sua extensão. Havia pelo menos doze pequenas vilas em volta, em algumas cidades humanas os governantes eram reis e rainhas. Mas naquela província quem mandava era o governador Garland, um homem que ganhou grandes riquezas e poder como pirata. Criou então uma cidade para contrabandistas e ladrões, levando para o local seu sistema de contrabando e crimes.

Em Holldegan tudo se vendia, joias, escravos, armas. Desde que pudesse pagar, podia levar o que quisesse. Era um território fora das leis dos Príncipes, devido a um acordo estabelecido entre humanos e Deuses, logo após o fim da grande guerra das invasões.

Neste Vale que se seguia até perder de vista, o amanhecer trazia uma fina névoa gelada que deslizava pelo campo levada pelo vento, o sol despontava no horizonte estendendo por sobre a névoa seus raios dourados. É por entre a grama verdejante surgiam milhares de flores do campo em tons lilás e amarelas e a cada vento que passava por sua superfície as flores balançavam em sincronia, mesclando-se as e criando um espetáculo de cores.

Próximo às grandes árvores onde se estendia uma densa floresta, uma tenda se erguia. Um pouco escondida por entre as árvores para não ser vista por algum viajante que passasse pela estrada que levava a cidade.

Sua lona tinha um tom marrom escuro, ao entrar nela podia se perceber que seus ocupantes preocuparam-se com o conforto do lugar. Um tapete verde musgo forrava o chão, do lado direito uma cadeira de madeira escura e uma pequena mesa com papéis, mapas da cidade e outros papéis timbrados com os selos oficiais.

No centro da tenda encontrava-se uma cama improvisada no chão, com grossas cobertas e lençóis de seda, além de várias pequenas almofadas de cores diversas. Heylla estava deitada, seus longos cabelos negros espalhados por sobre às almofadas, a pele clara se destacando entre as cores fortes dos tecidos.

A respiração estava serena, virou de lado dando os primeiros sinais do despertar. E ao abriu os grandes olhos negros sentou em alerta. As lembranças da batalha com o Sombrio ainda vivo em sua mente, principalmente a sensação que uma força estranha tentou dominá-la. Ao olhar em volta não reconheceu o lugar onde se encontrava.

E ao sentir o toque de uma mão no ombro, agiu no automático. Agarrou o braço e arremessou a pessoa por cima dela o jogando no chão ficando por cima dele, com o punho preparado para lhe dar um soco.

— Bayron!

—Bom dia meu amor. Como você ficou forte, me pegou pela segunda vez — disse ele rindo.

Ela estava sentada em cima dele com os punhos ainda serrado em posição de defesa. E totalmente confusa, que lugar era aquele e por que ela estava com Bayron ? Teria pensado mais no assunto se o sorriso dele não tirasse completamente sua linha de raciocínio. Aquele homem tinha o poder de despertar nela sentimentos e desejos que jamais sentiu por ninguém.

Senhora dos Corvos, Terra da Luz e SombraOnde histórias criam vida. Descubra agora