— Akemi! O que está fazendo neste fim de mundo?
A garota se vira lentamente, observa o grande homem parado na entrada da taberna, e um meio sorriso se forma nos lábios finos e bem delineados.
— Hall ! Passei aqui para ver um velho amigo, esses humanos resolveram me tirar do sério. — disse sacudindo o homem inconsciente que segurava pelo colarinho.
—Nos devolva ele, bruxa. — gritou alguém do alto da escada.
Ela olhou irritada, e arremessou o homem contra os supostos amigos.
— Não sou uma bruxa seu imbecil, eu sou uma escolhida dos Deuses. Hoje é o dia que vou matar todos vocês.
Posicionou a espada para trás, olhando em volta, percebendo que embora o estabelecimento estivesse cheio de homens raivosos. Eles pouco lhe proporcionam uma ameaça, seria muito fácil acabar com todos em poucos segundos. Mas ao tomar impulso para atacar, uma mão a segurou firme pelo pulso.
— Esqueça esses vermes, não vale a pena perdemos tempo com eles. Temos preocupações mais urgentes.
—O que seria mais urgente que disseminar essas pragas?
— Formos convocados ao Palácio de Cristal. O Regente está metido em uma grande encrenca.
—Bayron? O que pode ter feito o Rei do faço tudo certo, e sigo todas as regras?
— Não seguiu as regras, e dessa vez burlou a lei mais elementar do código de um guerreiro da Luz.
A garota o olhou intrigada, agora sua atenção foi aguçada. O Regente era o guerreiro mais íntegro que conhecia, não conseguia imaginar quebrando regras, nem tendo motivos para isso. Com gestos lentos, sincronizados, limpou a espada a colocando na bainha, se voltou para os humanos dizendo:
—Agradeçam, suas vidas miseráveis, à Hall.
Retirou de uma bolsa de couro algumas moedas de ouro jogando no chão, retirando-se do local sem se preocupar em olhar para trás, quando chegou no primeiro degrau, parou ao ouvir som de milhares de passos correndo por entre os corredores escuros das vielas que circundam a taverna.
Hallden, vinha logo atrás, a ultrapassou, olhou atentamente para os lados, os olhos cinzentos vasculhando a escuridão. Os soldados começaram a aparecer por todos os lados, arqueiros posicionados nos telhados, escudeiros com lanças e espadas em mãos, um deles deu um passo à frente dizendo:
VOCÊ ESTÁ LENDO
Senhora dos Corvos, Terra da Luz e Sombra
FantasíaQuando Helena entrou em uma carruagem conduzida por um estranho ser místico de reluzente pele negra e tatuagens douradas não teve nenhum receio ou surpresa, pois já esperava por ele desde os seus 10 anos. Há muito tempo tinha conhecimento de um mun...