Helena observava do alto da planície a batalha que se desenrolava em baixo. Era um verdadeiro mar de soldados, com espadas e lanças. Pelo menos quatro catapultas gigantescas lançavam as suas bolas de fogos contra o céu que estava nublado com nuvens carregadas.
Era como se o tempo quisesse refletir o clima de fúria que se desenrolava na planície. Ela tentava entender por que não tinham uma daquelas armas. Os seus soldados estavam recuando, tentado se protegerem nas rochas das montanhas.
— Não devíamos ter mais soldados? — questionou Helena.
— Boa parte do nosso exército está nas fronteiras do Reino do Lobo.
— Por que?
— Porque as fronteiras dele são a mais importante do nosso Reinado. Todos os Reinos podem cair menos o dele, então ele pega soldados dos outros para reforçar suas fronteiras. Toda a vez que os adversários chegam perto demais de nos destruir o Lobo manda reforço.
— E onde está o reforço? — Perguntou Helena olhando em volta.
O homem olhou para ela com um ar desolado antes de dizer:
— Ele espera que muitos de nós morram, e quando estamos com quase ninguém, manda os seus soldados.
— Que filho da mãe!
— O único motivo do Rei dos Lobos não deixar que acabem com a gente de vez, é que se o nosso território cair é o mais próximo do dele. Se não ele já teria deixado nos destruir a queda de um Reino com pouco poder como nosso não faz diferença na guerra para ele.
— Em outras palavras, ele está sendo benevolente com nosso Reino. — falou Helena sem conseguir esconder a irritação.
— Do jeito sacana dele, estar. — Confirmou o soldado.
Helena tentou controlar a irritação, o pobre homem ao seu lado não tinha culpa dos seres que comandam este mundo serem uns cretinos. Estava no comando de um bando de fracassados. Tinha que se manter calma, para poder pensar em alguma saída, depois poderia se irritar com aquela situação absurda.
Por mais que quisesse não ligar, e deixar as coisas correrem como sempre acontecia. Ela não consegue não se importar com o desespero dos soldados tentando salvar as suas vidas miseráveis, sabendo que a morte era inevitável.
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Senhora dos Corvos, Terra da Luz e Sombra
FantasiQuando Helena entrou em uma carruagem conduzida por um estranho ser místico de reluzente pele negra e tatuagens douradas não teve nenhum receio ou surpresa, pois já esperava por ele desde os seus 10 anos. Há muito tempo tinha conhecimento de um mun...