Hiorik, subiu as escadas que levava a proa do navio sem muita presa, os pensamentos longe daquele lugar. O murmúrio da conversa dos marinheiros chegando até ele sem que se desse conta do que falavam. Voltar ao Reino do Leão o preocupava, pois, não tinha ideia do que os esperava.
Se tudo aquilo desse errado e o poder que a princesa, julgava ter para libertar o Regente falhasse, eles poderiam ficar presos no lugar. O Corvo, era poderoso, mas a experiência que tiveram na última batalha demonstrou que o inimigo tinha uma força maior. O jogo, tinha subido de nível, agora era tudo ou nada.
Sentia que caminhavam para uma decisão final daquela guerra. Não saberia dizer quem venceria ou não o confronto. De uma coisa tinha certeza, qualquer um podia cair. Chegava a hora na guerra em que sacrifícios seriam necessários, e ele estava disposto a fazer todos que fossem imprescindível para levar o Corvo até o final.
— Mestre Hiorik!
Olhou para o lado avistando Katsuo correndo para alcança-lo, o recebeu com um sorriso cordial. Gostava do garoto, ele tinha uma grande vontade de aprender e não se importava de treinar, assim como Helena, era um guerreiro obstinado.
— Bom dia, majestade.
— Ah... Bom dia. Tem mesmo que me chamar assim? — Perguntou Katsuo. — Sempre que me chamam por majestade, acho que é com outra pessoa.
Tirando toda aquela parte louca de vim para outro mundo, onde a magia predominava. Katsuo, gostava cada vez mais do lugar onde estava, a constantes mortes que teve que ver nos últimos dias, tão pouco o abalavam. Cresceu no meio da violência, aos 12 anos, viu um homem se esfolado vivo por um membro da Yakusa.
Torturas, e corpos mutilados era comum nas missões em que era mandado fazer. Sem falar nas cicatrizes que carregava no corpo nas partes que não continham tatuagens, como ainda era um membro jovem na organização, a pele continha poucas. O dragão negro, era símbolo de sua gangue. As outras, tinha ganhado ao longo dos anos. Estava acostumado a ser temido e até mesmo ignorado, por conta de sua juventude.
Neste mundo, era diferente. As pessoas escutavam o que ele falava, Mestre Hiorik, chegou a confiar nele para comandar o exército sem supervisão.
— Vai se acostumar com o tempo. — Falou Hiorik. — Dormiu bem? Soube que se ofereceu para ficar de vigia ontem.
— Estava sem sono e agitado demais para dormir. Os marinheiros tinham muitas histórias interessantes para conta. — Disse o rapaz entusiasmado.
— Sei qual o tipo de histórias que homens do Mar contam para se entreter na madrugadas frias. — Comentou Hiorik, com um sorriso complacente.
O vento frio os atingiu, obrigando-os a puxar a gola dos os casacos para cima. Pelo jeito seria mais um dia gelado, pensou Hiorik olhando em volta. Avistou Heylla na proa do barco, os longos cabelos negros agitando-se ao vento.
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Senhora dos Corvos, Terra da Luz e Sombra
FantasiQuando Helena entrou em uma carruagem conduzida por um estranho ser místico de reluzente pele negra e tatuagens douradas não teve nenhum receio ou surpresa, pois já esperava por ele desde os seus 10 anos. Há muito tempo tinha conhecimento de um mun...