Heylla retirou a espada e olhou para o ser na sua frente com desdém ao dizer:
- Pacífica, não é uma de minhas qualidade. Você bem devia saber disso, afinal, um filho das Casas das Sombras, não nasceu para ser pacifico.
- Que seja, lhe dei a opção de escolha.
- Sua generosidade é comovente. - Retrucou Heylla com desdém enquanto pegava a espada.
Abriu suas asas tomando impulso para atacar, e voou em direção ao Arcanjo. As espadas se chocaram o som ecoando pelo ambiente fechado, a criatura era forte e rápida. Mesmo com sua velocidade Heylla não pode evitar os ataques preciso e intenso.
Foi jogada no chão e teve dificuldade de desviar da lamina fina que passou rente ao seu coração. O metal saiu rasgando pele e tecido da roupa deixando um rastro de sangue. Ela levantou num salto a tempo de bloquear novos ataques, o seu olhar foi para a estátua de Bayron, estava tão perto e tão longe ao mesmo tempo. A criatura não ia deixá-la se aproximar dele.
Tentou desviar de um novo ataque e não percebeu a lamina se alonga acertando-a no ombro perfurando fundo, rasgando a carne e quebrando ossos por onde passava. O seu corpo foi empurrado no ar indo para na parede. O metal perfurou a pedra a prendendo nela. Usou a mão livre para tentar puxá-la, mas tudo que conseguiu, foi uma dor descomunal, o sangue escoria pela arma fazendo os seus dedos deslizarem por ela, dificultado fixar num ponto.
Observava o inimigo se aproximar de forma ameaçadora se conseguir pensar em uma formar de escapar. Não podia acreditar que ia morrer ali depois de chegar tão perto. Segurou a espada com força, olhou para Bayron, agradecendo por seu amor, por ele nunca ter desistido dela. Ela também não iria desistir dele.
Lembrou do seu rosto, seu sorriso radiante e desejou ardentemente que se morresse naquele lugar, pudesse em outra vida lembrar dele. A criatura olhou para mão dela segurando a espada e disse:
- É louvável sua persistência, mas não vai sair daqui viva.
- Jamais desisto de uma luta antes de enfrenta-la. Seja contra quem for. - Disse erguendo a espada.
A sua mão tremia, a dor lateja no ombro descendo pelas costelas. Naquele momento percebeu que o metal daquela arma era-lhe letal. Podia sentir o poder da lâmina corroendo-lhe a carne, se ramificando por dentro do seu corpo, destruindo-a por dentro. E embora sentisse a fraqueza dominar, lutou contra para se manter lúcida.
A criatura se aproximava ameaçadoramente, no rosto de aspeto estranho se fazia um sorriso torto nos lábios retorcidos de forma bizarra, e a certeza da vitória lhe dando um ar presunçoso. Heylla piscou lutando para focar na imagem dele que ficava saindo do seu foco de visão. O sangue que escorria em abundância do ferimento a estava deixando tonta, balançou a cabeça tentando afugentar o mal-estar.
O viu retirar da bainha uma adaga longa com lamina grossa, nela havia inscrições de símbolos dourados que flamejavam como fogo! Se preparou para se defender, um som de vidros quebrando os fez olhar para cima. Outro ser alado descia pela claraboia espalhado estilhaço para todo o lado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Senhora dos Corvos, Terra da Luz e Sombra
FantasiQuando Helena entrou em uma carruagem conduzida por um estranho ser místico de reluzente pele negra e tatuagens douradas não teve nenhum receio ou surpresa, pois já esperava por ele desde os seus 10 anos. Há muito tempo tinha conhecimento de um mun...