Helena abriu os olhos se sentindo desorientada. Lembrou de ser arrastada para um túnel e perder a consciência durante uma queda sem fim.
Sentou sentindo tontura e uma leve dor no braço.Ficou em alerta ao ouvir uma voz ao lado dela dizer:
—Que bom que acordou. Achei que tinha se machucado mais do que aparentava.Ela olhou se deparando com o guerreiro. Ele estava sentado em um tronco atiçando uma fogueira com um graveto.
Ela levantou cambaleante e percebeu uma atadura no pulso esquerdo. A pele ao redor estava avermelhada e roxa.
— Se machucou na queda. —Explicou ele.
A recordação da luta com o mago a deixou confusa. Eles foram puxados para um portal, que lugar era aquele?
Tudo que ela conseguia ver ao redor era uma mata rasteira e pedras grandes. Eles estavam em uma clareira, o chão era de areia fina com gramas escassas.
—Onde estamos?
—Em um mundo flutuante. —Respondeu o guerreiro.
—O quê é isso?
O Guerreiro apontou para cima. Ela olhou e se deparou com ilhas flutuando, elas variavam entre grandes e pequenas. Umas tinhas vegetação e outras eram apenas pedras desprovidas de qualquer mato.
Foi então que olhou em volta. Há pouco mais de cinco metros o terreno pedregoso acabava. Estavam em uma das ilhas flutuantes, embora ela não sentisse qualquer movimento no chão.
—O quê fazemos agora? —Perguntou virando-se para ele.
—Esperamos.
A tranquilidade dele a deixava ansiosa. Estavam em uma rocha flutuante no meio do nada e ele parecia tão calmo como se tivesse tendo uma tarde comum.
—Esperar o quê?
—A oportunidade certa. —retrucou ele jogando o graveto no fogo.
Ela levantou e olhou novamente em volta. A distância de uma ilha para outra era enorme. A positividade de saltar era improvável.
—Como sair daqui? Não vamos ficar aqui parados esperando a morte chegar.
Ela não tinha trazido nada além da espada. Ele carregava uma mochila grande de couro que estava ao lado dele no chão. Mas mesmo assim duvidava que tivesse comida e ela já estava faminta.
—Você não é uma pessoa muito paciente não é.
—Impaciência é meu segundo nome. —retrucou ela.
—E qual é o primeiro?
Helena virou-se e virou o fulminando com um olhar.—Calma! Não precisa me bater, só estava brincando. —Disse ele levantando as mãos em posição de defesa.
Helena revirou os olhos escuros, o cara tinha o triplo de seu tamanho, um tapa com aquele braço gigante e ela iria parar em outra ilha.
Embora ela se garantisse na luta e com a espada, não era tola ao ponto de acreditar que venceria alguém que parecia ter nascido com a espada a tiracolo.Uma coisa era enfrentar guardas inexperientes, outra era bater de frente com um ser que tinha o triplo de seu tamanho, duas espadas gigantescas e que possivelmente sabia usar magia.
Aquele gigante de belos olhos cor do céu tinha um ar perigoso. Embora tenha lhe ajudado, sem qualquer motivo, ela não confiava nele.
Deu meia volta e saiu andando ao chegar no final da ilha vislumbrou um vazio sem fim.
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Senhora dos Corvos, Terra da Luz e Sombra
FantasyQuando Helena entrou em uma carruagem conduzida por um estranho ser místico de reluzente pele negra e tatuagens douradas não teve nenhum receio ou surpresa, pois já esperava por ele desde os seus 10 anos. Há muito tempo tinha conhecimento de um mun...