Quando Helena entrou em uma carruagem conduzida por um estranho ser místico de reluzente pele negra e tatuagens douradas não teve nenhum receio ou surpresa, pois já esperava por ele desde os seus 10 anos.
Há muito tempo tinha conhecimento de um mun...
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— Pronta? — perguntou Bayron para a pequena que estava a sua frente.
A menina mordeu os lábios demonstrando nervosismo. Mesmo receosa, estava disposta a mostrar o que tinha aprendido. Haviam treinado muito nas últimas semanas, e sabia que era capaz de fazer o que ele tinha lhe pedido. Deu um passo para trás, usava calça de um tecido leve e uma blusa de mangas do mesmo tecido, ajudava nos movimentos, ficava com o corpo livre, os pés estavam descalços ao deslizar pelo chão coberto por água, começou a sentir a energia fluir por todo o corpo.
A bola de luz atravessou o salão na direção dela, que esticou os pequenos braços, fazendo um movimento de baixo para cima, mantendo-os juntos até chegar em cima, os brindo em um movimento suave e preciso. Podia sentir a energia da água fluir pelo solado do pé, subindo a ponta dos dedos. Os olhos tomaram uma tonalidade clara, quase translúcida, e ela podia ver as gotículas que se espalhavam pelo ar. A magia que corria em seu sangue as puxando como ímã.
Quando o feitiço veio para se chocar contra ela, um redemoinho de água se formou ao redor, criando uma barreira de proteção. Assim que ouviu os gritos de elogios e os aplausos da plateia composta por seus novos amigos, sorriu de contentamento. Ficou maravilhada com o que tinha feito, a barreira d'água tinha sete metros de altura, podia-se ver os círculos de feitiço de tons azul circulando no meio da água. Assim que a luz se chocou contra, se desmanchou em pequenas fagulhas.
Embora soubesse que o Regente, não tenha usado seu poder mais forte para atacar. Tinha consciência que era apenas uma criança, iniciando seus poderes. Relaxou os músculos e a água caiu com um sonoro estrondo no piso de pedra.
— Parabéns, Ariela, tens um poder entanto para desenvolver. Seu avô que se cuide, terá uma neta com um poder tão forte quanto o dele.
A menina sorriu satisfeita consigo mesma, o avô era o rei dos setes mares, esse sem dúvida era um elogio no entanto. Se voltou para Helena, que vinha ao encontro dela com uma toalha na mão.
— Viu o que eu fiz?
— Claro, fiquei preocupada. Apesar de saber que pode dar conta, não consigo olhar para você não ver uma criança. _ dizia enquanto a enxugava.
A pequena estava ensopada, com roupas e cabelos pingando água no chão de pedra. Toda a água que outrora estivera a cercando desapareceu escorrendo para um ralo no canto da sala. Bayron tinha invocado um feitiço, fazendo um perfeito círculo de água em volta da menina.
