Uma aventura em terras desconhecidas

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Helena desceu correndo as escadas em forma de caracol tentando não tropeçar nas próprias pernas. A ansiedade para a viagem estava evidente em seu semblante agitado. 
Tinha dito ao Mestre das Armas que queria ir assim que acabasse a coroação.


"Retirar o vestido de gala e partir" Ela falou. 
Hiork usando de seu habitual tom de irmão mais velho, a convenceu a ficar por mais um dia. Não antes de pegar sua arma especial, afinal, seria uma aventura fora do Reino e quem sabe eles poderiam encontrar.


Tudo que iria precisar para a viagem estava na mochila que carregava. Nada de vestido de gala ou joias, apenas roupas confortáveis e armas para se defender.  Embora o Conselheiro Real tenha sido contra a aventura, acabou cedendo aos argumentos de Hiorik de que ela precisava conhecer seu Reino. 


O fato de não ser parecida com a outra lhe dava uma vantagem. Ninguém iria reconhecê-la a não ser que quisesse. Gostava de não ser uma cópia da outra, seria no mínimo estranho se ver nos retratos que estavam no salão imperial. 


Era uma coisa bem bizarra de se ver, aqueles retratos todos iguais. A única coisa que mudava era a data e o vestido da Rainha. O mais engraçado era que o retratista se recusou a fazer o dela. Tinha que admitir que era bem tentador essa ideia de ser igual a Rainha de Copas, "Arranque-lhe a cabeça!" para qualquer um que discordasse dela.


No entanto, neste mundo essa era uma regra comum, os Reis podiam matar quem eles quisessem.  Pelas histórias que o Conselheiro contava da Rainha morta, ela era bem ruim e com uma pitada de loucura. O que não era de se admirar levando em consideração que ela não tinha o mesmo poder que os outros e era desprezada, tanto pelo povo quanto pelos outros Reis.


Coisa que ela pretendia mudar. A limpa no seu ministério foi apenas o começo, reconquistar os territórios que tinha perdido seria o outro passo. Havia perdido muitos deles nos últimos anos, e isso não era bom. 


Significava que o exército inimigo estava batendo praticamente na sua porta. Hiorik havia explicado que o Regente, o Lobo. Sempre mandava reforço quando o outro lado ameaçava derrubar sua fronteira. 


Mas ela não queria esperar por isso, pretendia mostrar ao Regente que podia defender seu território. A viagem fazia parte de conhecer o Reino dos Corvos e treinar suas habilidades de luta. Adentrou no recinto avistando Hiorik no canto da sala de treino mexendo em uma grande caixa de madeira. Ele se virou sorrindo e acenou para ela se aproximar.


—Então, é tão bonita quanto falou?


Senhora dos Corvos, Terra da Luz e SombraOnde histórias criam vida. Descubra agora