A fuga da cidade

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Hiorik arremessou um soldado na primeira janela que encontrou pela frente, a vontade de quebrar o pescoço dele antes de arremessá-lo foi grande

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Hiorik arremessou um soldado na primeira janela que encontrou pela frente, a vontade de quebrar o pescoço dele antes de arremessá-lo foi grande. A situação de caos no interior da casa assim que eles saíram era grande, os soldados não estavam apenas impedindo a fuga dos escravos, estavam matando todos. A fumaça que tomava boa parte do ambiente vinha do lado de fora, arqueiros tinham jogado flechas de fogo, causando focos de incêndio por vários cômodos.

Os escravos desesperados tentavam sair da casa e eram cercados pelos soldados e mortos. E quando eles pararam de sair, começaram a entrar para fazer a limpa, e foi exatamente nessa hora que Hiorik passou pela porta com Mariee.

Ele ficou abismado com a agilidade da garota, o corpo magro e esguio se movimentava com grande destreza, desviado da espada do adversário. Quando a lâmina vinha pela direita ela desviava para o lado e usava as garras acertando o rival no estômago, fazendo o sangue jorrar pelo ar.

Eles levaram apenas alguns segundos para dar conta de deter o avanço dos soldados, os escravos sabiamente se protegiam no canto da sala. Hiorik olhou para a porta que estava aberta ao perceber a movimentação do lado de fora.

Uma horda avançou porta adentro com fúria e as espadas em punho, porém na mesma hora pararam o avanço com os olhares assustados. O mestre das Armas percebeu que olhavam para alguém atrás dele, olhou a tempo de ver o Regente passando com sua forma gigantesca e aparência de homem e animal se mesclando lhe dando um ar assustador. Principalmente para pessoas não acostumada a ver seres mágicos de perto, como era o caso de muitos humanos.

Os Reis pouco andavam no mundo humano, e quando faziam geralmente tentavam não revelar suas verdadeiras identidades. A figura imponente do homem fera adentrando naquele ambiente devia ser uma visão aterradora para eles, por isso não se admirou ao avistar alguns sair correndo, e outros tentando parecer valente ficando em seus lugares, mas os olhos vagando para o lado à procura de uma possível fuga.

Antes que eles pudessem ver que os atingiu, foram arremessados para fora com uma única patada do Leão. O corvo que vinha logo atrás dele, passou calmamente o olhar concentrado no céu azul que se revelava após a porta. Quando um soldado apareceu vindo da escada que subia em forma de caracol para o segundo andar, pulando em cima dela para atingi-la com um punhal.

Ela se manteve com o caminhar calmo e tranquilo, avistou o vulto pelo canto do olho, e o acertou com a ponta da asa. O homem foi para o outro lado da sala, criando um buraco na parede tamanha a intensidade da força usada por ela. Continuou sua caminhada para a porta, ao colocar o pé para fora , o sol atingiu-lhe o rosto com intensidade, obrigando-a colocar a mão na frente dos raios.

Ouviu um zumbido pelo ar, e antes de se dar conta do que era, o braço do Leão se posicionou na frente do rosto dela. Várias flechas se cravaram nos músculos do braço dele, seus olhares se cruzaram, os deles preocupados, correram por toda extensão do corpo dela receosos por alguma flecha ter atingido ela.

Senhora dos Corvos, Terra da Luz e SombraOnde histórias criam vida. Descubra agora