Sangue, amor e vingança

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Quando Alissa se deu conta a outra já estava em cima dela

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Quando Alissa se deu conta a outra já estava em cima dela. Usou o punhal na tentativa de acertá-la no peito, mas foi bloqueada pelo braço da adversária que o usou como escudo. A lâmina entrou na carne o sangue jorrou pelo ar respingando em seu rosto, as duas se encarando frente a frente. Podia se ver refletido nos olhos negros, os cabelos loiros desgrenhado as maçãs do rosto ruborizadas pelo esforço da luta, as manchas de sangue escorrendo pelo lado direito do rosto. 


Arrancou o punhal e se distanciou para dar um novo golpe, mas foi pega de surpresa com um chute na barriga que a fez voar de encontro a porta. A madeira se partiu e ela atravessou indo parar contra a parede do corredor criando um buraco. Levantou e saltou para um novo ataque, mas um vulto surgiu em sua frente, ela bateu nele e caiu novamente no chão. Quando olhou para cima vislumbrou Bayron olhando irritado.


— Mas o quê está acontecendo aqui?


— Tem uma sombria em seu quarto.


— Eu sei. — respondeu ele tranquilamente cruzando os braços.


Alissa o olhou abismada e tentou se controlar para não lhe xingar. Levantou da forma mais elegante que poder, já que estava dolorida e descabelada. A maldita batia com força deve ter quebrado alguns ossos, pois a dor se propagava em todo lugar. Ela se mantinha atrás de Bayron levemente curvada de lado para observá-la, um leve sorriso nos lábios carnudos e um brilho de deboche nos olhos escuros.


Enquanto que ela tentava controlar a raiva para não voltar atacá-la. Bayron se mantinha entre as duas, o que fez a garota perceber que teria que passar por ele para chegar à intrusa. O que a irritou ainda mais ao perceber que tudo falado sobre ele a sombria era verdade.


— O que você pensa que está fazendo entrando dessa forma em meu quarto Alissa? Os guardas não lhe informaram que essa ala estava interditada?


— Sim fui informada, mas me custou a crer que você estava dando abrigo a um inimigo.


— Darei todas as informações na reunião que marquei com todos. Não deixe isso claro na carta que lhe enviei?


— Sim, deixou, mas eu pensei que...


Ela mordeu os lábios irritada, foi tão ingênua ao acreditar que a amizade deles era forte o suficiente para ele lhe contar seus segredos. Todos esses anos tendo um bom relacionamento, agora ele acaba tudo trazendo um sombrio não apenas para o Reino, mas para sua cama como amante. Só podia estar louco ou enfeitiçado por aquela criatura. Jamais ouviu falar que alguém fosse capaz de dominar o coração de alguém dessa forma. Feitiços de amor era o único que nenhum mago conseguia fazer, por mais poderoso que ele pudesse ser.

Senhora dos Corvos, Terra da Luz e SombraOnde histórias criam vida. Descubra agora