Quando Helena entrou em uma carruagem conduzida por um estranho ser místico de reluzente pele negra e tatuagens douradas não teve nenhum receio ou surpresa, pois já esperava por ele desde os seus 10 anos.
Há muito tempo tinha conhecimento de um mun...
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Helena andava pelos longos corredores se desviando dos empregados que passavam carregados das mais diversas coisas. O palácio estava uma agitação com os preparativos da festa da coroação, tudo que ela queria era um local para ficar sozinha com seus pensamentos.
Abriu uma ampla janela de vidro saindo em uma varanda, ganhos verdejantes subiam pelas paredes se enroscando nas grades da varanda e as flores de uma cor exótica exalavam um perfume agradável no ar.
A vista era deslumbrante, descia se uma colina e logo abaixo o se erguia uma cidade à beira mar. Por lá também se podia ver a agitação para o dia da coroação, carruagens lotadas de alimentos, tendas eram erguidas para abrigar soldados e visitantes. As mesas eram colocadas ao ar livre para serem servidas banquetes para a população. Duas semanas de festas e bebedeiras a vontade para o povo e os convidados.
Helena não conseguia imaginar uma festa durando por tanto tempo, mas se eles queriam festejar era melhor não interferir nas tradições locais. Podia arrumar algo para fazer durante o evento, pois não cogitava participar de todo esse festejo. Na coroação era inevitável sua participação, mas tinha certeza de que ninguém iria ligar se ela sumisse por um tempo.
Depois do ocorrido na sala dos Ministros, o clima ficou bem tenso. Eles deviam acreditar que ela fosse surtar a qualquer momento, no entanto não tinha qualquer intenção de fazer nada insano. A não ser que fosse obrigada a agir para se defender, eles tinham que saber que ela não era nenhuma garota boba que iria aceitar fazer o que queriam com ela.
Observou ao longe uma revoada de corvos, um deles saiu da formação e foi posar ao lado dela.
— Por onde você andou? Desde o dia que me ajudou no Ministério que não o vejo.
O corvo esticou suas asas com a pena branca de destacando no reflexo do sol e olhou para ela com a cabeça inclinada para o lado. Seu grasnar alto ecoou pelo ambiente enquanto ele se aproximou dando-lhe uma leve bicadas na mão.
