CAPÍTULO 09

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PV: OLIVER

Meu sorriso feliz se esticou de orelha a orelha assim que acordei e sentir meus braços em volto do corpo de Felicity, ela abraçava Bia que dormia como um verdadeiro anjinho.
Eu só me perguntava como ficamos nessa posição se quando dormimos minha filha estava entre nós e agora ela estava nos braços de Felicity e eu abraçava as duas de forma protetora, ouvi ums resmungos e eu sabia que minha pequena já estava acordando tentei acalma-la pra não acordar Felicity mas foi inútil, Felicity já havia acordado.
- Bom dia, sua voz saiu baixa mas seu sorriso sincero fez meu coração disparar acelerado.
- Bom dia, respondi tentando não parecer um bobo apaixonado, os resmungos animados de Bia chamaram nossa atenção.
- Bom dia pra você também minha princesa linda, Felicity fez cosquinhas e minha filha gargalhou animadamente.
Como hoje era sábado eu não iria para a empresa, decidi passar o dia em casa com minha filha, Felicity, minha mãe e Thea, minha irmã tinha que ir ao hospital mas torcia pra que aceitasse pelo menos tomar café conosco, depois que ela decidiu ser voluntária ficava pouco tempo em casa, pelo menos agora eu sabia onde ela estava e o que estava fazendo e isso era um grande alívio, mesmo sem o conhecimento de Felicity e Thea falei com a Sara sobre o que aconteceu, eu não podia sequer imaginar minha irmã sendo presa, e Sara me garantiu que só iria intervir de forma drástica caso algum familiar fizesse a denúncia ou o garoto viesse a falecer, agora mas do que nunca eu pedia a Deus pra ele sobreviver, mesmo o caso dela não estando fechado eu ainda tinha esperança que as coisas pra minha irmã melhorasse, Thea estava passando por uma grande provação.
- Oliver, a voz de Felicity tirou-me de meus pensamentos, sorrir ao vê-la tão risonha com minha filha em seus braços.
- Desculpa, me perdi em meus pensamentos, sorri timidamente e ela assentiu.
- Eu vou me arrumar e arrumar a Bia, depois vou passar no quarto da sua mãe, quem sabe dessa vez não a convencemos de dar um passeio no Jardim? seu olhar cheio de expectativa e esperança arrancou-me um sorriso satisfeito.
Dei um beijo em minha filha e quando fui dar um beijo no rosto de Felicity ela surpreendeu-me com um beijo casto nos lábios, imediatamente senti uma corrente elétrica passar por todo meu corpo e eu sabia o que isso significava, eu estava me apaixonando, um sentimento estava nascendo entre nós, eu senti isso  quando a beijei pela primeira vez.
Um suspiro involuntário escapou de minha garganta assim que entrei em meu quarto, eu estava parecendo um adolescente apaixonado, sorrir internamente de mim mesmo.
Tomei um banho rápido e me arrumei mais rápido ainda, Felicity queria passear no jardim então uma idéia passou-me pela cabeça, fui até a cozinha e pedi pra Raissa preparar uma mesa de café da manhã no jardim, mesmo que Thea e minha mãe não nos acompanhasse eu queria muito ter esse momento com Felicity e minha filha, deixei Raissa arrumando tudo e caminhei em direção ao quarto de Bia, a essa hora Felicity já tinha se arrumado e estava arrumando minha pequena.
- Fala papai meu amorzinho, pa-pai, me emocionei ao ouvir Felicity ensinar minha filha falar papai, Bia resmungava alguma coisa mas ainda não dava pra entender nada, entrei no quarto timidamente e encontrei Felicity sentada na poltrona com Bia em suas pernas, assim que minha pequena viu-me ergueu os bracinhos pedindo colo, na mesma hora a peguei em meu braços e beijei seu pescoçinho a fazendo gargalhar por contar das cosquinhas que minha barba lhe provocava.
- Não vejo a hora dela começar a andar e falar, Felicity disse timidamente e eu assenti sorrindo em resposta.
- Eu ouvi que você estava tentando ensinar ela falar papai, sorri emocionado.
- eu queria que ela falasse antes de completar um aninho, e eu acho que não vai demorar, ela tem quase sete meses e já está resmungando e balbuciando não vai demorar muito pra começar a falar e também ela é muito esperta, fiquei emocionado ao ver a alegria e a animação que Felicity falava de minha pequena, quem visse de fora diria que ela era a verdadeira mãe de Bia, guardei esse pensamento ele agradava-me muito.
Como Felicity pediu, fomos ver como minha mãe estava, minha surpresa foi ver a cena que se desenvolvia entre minha mãe e minha irmã, nada me preparou para o que ouvi assim que chegamos ao quarto de minha mãe.
- Eu sinto muito mamãe, minha irmã soluçava enquanto falava com nossa mãe, senti meus olhos lacrimejarem.
- Eu fui tão injusta com você, eu sou uma péssima filha, eu não devia ter te julgado e te abandonado como eu fiz, me perdoa, encarei Felicity e percebi que ela chorava emocionada.
- Ah minha querida, você não tem que me pedir perdão, minha mãe falava também emocionada enquanto abraçava Thea com carinho.
— Você  é  minha  filha  Thea  eu  te  amo  muito, mamãe  chorava  enquanto  falava.
Os gritinhos animados de Bia denunciaram nossa presença e ambas nos olharam com os olhos marcados por lágrimas, Felicity rapidamente caminhou em direção as duas as abraçando emocionada.
- Cheguei a pensar que não viveria pra ver essa cena, eu estou tão feliz por vocês duas, Felicity falava sorrindo e chorando ao mesmo tempo, eu estava estático parado no mesmo lugar com Bia em meu colo, eu não esperava por isso, foi uma grande surpresa ver minha mãe e minha irmã interagindo desse jeito.
- É tudo graças a você, foi minha irmã quem disse olhando diretamente pra Felicity, me  emocionei.
- Desde aquela noite que você falou da sua mãe... Thea dá uma pausa suspirando.
- Eu passei a vir dormir com a mamãe escondida , fui tola e estúpida quando eu disse que não precisava dela quando tudo o que eu precisava era criar coragem pra vir aqui e lhe dar um pouco de carinho, e pedir alguns conselhos, e foi você Felicity, que me fez perceber o quanto eu preciso dela e  ela  de mim , Thea abraça Felicity que retribui o carinho de igual forma.
- Filho, minha mãe se dirige a mim, ela estava com um brilho nos olhos que a muito tempo eu não via, sorrir emocionado e caminhei indo em sua direção lhe abraçando.
- Vocês não sabem o quanto estou feliz em vê-las assim, falei apontando para as duas que se abraçavam, minha mãe sorriu enquanto beijava o rosto de minha irmã.
- Eu sei que tenho sido uma Pessoa horrível, uma irmã terrível, uma filha ingrata, uma tia, desnaturada, eu sinto muito por isso, Thea soluçava enquanto falava, eu nunca tinha a visto desse jeito, nem sabia ao certo o que falar.
- Acho que eu mereço tudo o que aconteceu comigo nos últimos dias, Felicity está certa, não posso fugir da responsabilidade, tenho que aceitar e assumir as consequências dos meus erros, Thea suspira pesadamente.
- Não posso culpar ninguém além de mim mesma pelas burradas que eu cometi.
- Posso saber o que te fez pensar assim? perguntei interessado.
- Além dos conselhos e as broncas de Felicity, noite passada tive um pesadelo horrível, e eu não quero que nada parecido com isso se realize, laranja não combina comigo, Thea sorri minimamente.
- Isso não vai acontecer querida, o rapaz vai ficar bom logo, talvez vocês até sejam amigos, minha mãe fala confiante.
- Por que a gente não aproveita pra levar toda essa alegria até o jardim? Felicity troca um olhar cúmplice comigo e eu assinto discretamente.
- Mãezinha, eu sei que já faz muito tempo que você não sai do quarto, mas acho que só por ums minutos você poderia nos acompanhar no café, a encarei com expectativa.
- Eu pedi pra Raissa organizar tudo no jardim, se você quiser ficaríamos felizes em ter sua companhia, lhe dei um beijo no rosto.
- Isso seria perfeito, e eu ficaria muito feliz em compartilhar esse momento com rodos vocês, seria como um presente pra mim, franzi o cenho ao ouvir Felicity pronunciar tais palavras, por um momento senti um tom de despedida em sua voz , meu coração acelerou só em pensar em algo semelhante.
- Bom, eu não prometo ficar muito tempo, mamãe fala timidamente.
- Mas ter um momento especial com minha filha, deixou-me muito feliz, eu quero tentar, sorri satisfeito com sua resposta e até minha pequena
gargalhou animada.
Eu não estava acreditando no que estava acontecendo, minha irmã parecia uma nova Pessoa, é claro que eu sei que não seria tão fácil, mas o primeiro passo ela já tinha dado e isso era muito importante, minha mãe mesmo tímida interagia conosco, principalmente com Felicity e Bia. eu só pedia a Deus pra que isso não fosse um sonho, por quê se fosse eu não queria acordar nunca mais, a imagem de minha família reunida no Jardim tomando café e sorrindo felizes ficaria gravada em minha memória pra sempre, Thea saiu antes  de terminar o café , mas sua participação em  nosso  momento  família foi muito importante, eu sempre soube que minha irmã e minha mãe precisavam uma da outra, mas eu não soube foi como ajudá-las, felizmente Felicity chegou em nossas vidas no momento certo, e como um verdadeiro anjo, ela tem feito milagres em nossas vidas, e eu estava sentido-me cada vez mais apaixonado por esse anjo.

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