Capítulo 23

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Acordei com o barulho de notificação, peguei meu celular para ver as horas mas não olho a mensagem.
9:30
Dormi muito, o que eu não pretendia mas foi até bom pois assim não vi o Gary.
Nem sei como vai ser daqui pra frente. Eu espero que a gente se entenda por que não quero brigar com ele, já tenho muitos problemas na cabeça.

Levanto, tomo um banho de manhã pra relaxar.
Depois quando vou vestir a roupa, no momento q dou uma abaixadinha pra vestir a calcinha sinto minha bebê chutando.
Sento na cama.
- Não vejo a hora de te ver princesa da mãe. - converso com ela e no mesmo momento que falo ela chuta novamente. Sorrio que nem uma boba e rola uma lágrima de emoção.
Fico um bom tempo conversando com minha bebêzinha. Ela está bem agitada hoje.

Depois de um tempo, eu me vesti e desci para tomar um café da manhã reforçado.
"Estamos" com bastante fome.
Tiro a mesa quando acabo, lavo a louça e lembro da notificação que eu ainda não visualizei.

Sento no sofá da sala e abro:
Scott: Minha irmã me falou que é uma menina.
Como deve saber, estou trabalhando e irei te ajudar com a bebê. Meu pai conversou comigo. É minha obrigação e tenho que fazer isso pela minha filha.
Já escolheu o nome?
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Não sei o que responder. Ele nos abandonou e acha que pode voltar assim? Não entendi!?
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Respondo: Sua obrigação era ser um pai presente. Sua filha precisava de um pai e não de dinheiro porque eu mesma irei cuidar disso.
--
Uma hora depois e ele apenas visualizou e eu sendo burra achando que ele tinha me mandado mensagem por estar arrependido.

O Justin também me mandou uma mensagem me parabenizando, ele ficou sabendo que era menina pois contei pra mãe dele.
Justin > Jessie, fiquei sabendo que é uma princesinha e sei como você sonhava em ter uma filha. Estou feliz por você, mesmo que não seja nas condições que você planejava, tenho certeza que ela vai te fazer a mulher mais feliz desse mundo e você merece!
Jessie > Owwnt. Agradeço pelas palavras, Jus! Obrigada mesmo. Não era desse jeito que eu imaginava, mas já estou feliz por ter ela. ♡
Justin > Tenho certeza! Vem passar um tempo aqui com a gente? Minha mãe só fala nessa possibilidade e quer muito tanto quanto eu.
Jessie > Eu adoraria Justin, mas não vai dar por enquanto, eu tenho consultas regularmente.
Justin > Ah que pena! Mas assim que você tiver um tempinho apareça aqui. Falando nisso, eu estou passando ai na cidade hoje. Se der eu passo ai, pode ser?
Jessie > Claro, eu adoraria.

Nos despedimos e fiquei pensando o quanto o Justin sempre foi um amor de pessoa comigo. Mesmo depois daquela confusão que rolou quando estávamos todos lá, eu ainda considerava ele um amigão.
Enfim... Essa casa está uma verdadeira zona.
Aproveitar e arrumar ela.
Sei que não posso me esforçar demais, mas passar pano, vassoura, tirar poeira, e organizar as coisas não seria nada demais.

Depois de uma hora pelejando com a casa, resolvi checar se havia alguma mensagem.
Nada de Scott, o que eu já esperava. Ele está sendo tão imaturo!
Justin tinha mandando mensagem dez minutos atrás falando que em trinta minutos estaria aqui, o que me deixou surpresa  pois demora um tempo razoável de lá até aqui, o que significa que ele já estava a caminho ou se não aqui já na cidade e me pergunto o que o traz aqui, só por minha causa não é por que ele nem saberia se eu estava em casa antes de me enviar a mensagem.

Menos de vinte minutos depois ele bate na porta.
Nos cumprimentamos com um abraço.
Sentamos no sofá:
- Que bom te ver, você não faz ideia! - ele comenta.
- Pensava que só iria te ver novamente se fosse lá, você sempre foi muito caseiro. - me refiro a ele nunca ter gostado de sair.
- Mas quando se trata de você, lógico que eu viria. - ele bate amigavelmente no meu ombro. - Falando em você, olha essa barriga! Já está prestes a nascer. - ele brinca.
Rio junto com ele.
- Mas me conta como anda sua vida? - ele pergunta com um olhar triste. Ele sabe que eu não gosto de falar sobre minha mãe por isso ele não perguntou nada assim.
- Está indo. Eu sei que não posso deixar a tristeza me abalar porque agora não é só eu, tenho que pensar nela também. - acaricio a barriga.
- Entendo. E você é muito forte! Te admiro. - ele sorri.
- Enfim... Como está lá na pousada, sua mãe, você..?
- A pousada nunca foi tão bem! A propósito vim aqui apenas para comprar coisas pra lá, que não encontramos lá para poder estar agradando os novos hóspedes, se é que podemos chamá-los assim. - ele dá uma pausa - Minha mãe tem trabalhado bastante, está bem e eu estou bem, como sempre. - ele sorri meio sem jeito.
- Fico feliz que esteja fluindo tão bem e que vocês também.
- Mas e então? Como está sendo morar com seu ex-namorado gay? - ele debocha.
Não consigo me manter sem rir:
- Eu honestamente não sei. - ele faz um sinal pra que eu prossiga: - Bem, ele sabe exatamente que somos amigos. Tenho gratidão por ele ter me ajudado, mas nada além disso só que ele quer algo a mais, o que é extremamente estranho né? - começo a rir: - Contando que a gente terminou por que ele estava com "meu melhor amigo".
A gente começa a rir do nada:
- Nossa! Que situação mais constrangedora é essa? Está parecendo novela! - ele fala rindo.
- Nem novela teria uma coisa dessas Justin - falo rindo.
Depois de nos acalmar, ele comenta:
- Você está com um problemão nas mãos, mas sabe que qualquer coisa pode contar comigo. - agradeço a ele: - Vem cá me dar um abraço, que você está precisando.
Acho que ficamos um minuto abraçados. Eu sempre gostei do abraço dele, é reconfortante.
Mas parece que foi tudo tão rápido. Nem ouvi a porta se abrir. Gary.
- O que está acontecendo aqui? - ele fala rigidamente como se eu tivesse a obrigação de me explicar pra ele.

Eu achei super estranho porque ele nem tinha saído de casa, era pra ele estar no trabalho, mas pela roupa ele está saindo pra trabalhar agora e outro ponto estranho é que esse tempo todo que estou aqui, arrumei casa e tudo mais, não ouvi nenhum barulho vindo do quarto dele maas também nem ousei ir até lá.
- O que você está fazendo aqui? - pergunto querendo saber.
- Eu moro AQUI! - levantou a voz, bufou e se aproximou de mim. Me levanto. - O que esse cara está fazendo aqui?
- Eu não te devo explicações. - falo e ele me empurra pro sofá.
- O que diabos você...? - Justin bravo, eu o seguro.
- Sério isso, Jéssica? Depois de tudo que fiz pra você e você ainda prefere esse merda? - ele vai pra cima de Justin.
Justin se levanta e o empurra pra longe.
- O que você pensa que está fazendo cara? - e os dois começam a discutir isso e aquilo.
Eu não aguento e corro pro meu quarto chorando.
Meu dia acabou por ali.

O ÓDIO E O AMOR andam juntosOnde histórias criam vida. Descubra agora