Capítulo 30

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1 semana depois:

A casa onde eu iria morar com minha filha não era tão grande e eu me apaixonei por ela de imediato, tinha uma suíte com banheiro e closet, outro quarto médio, banheiro no corredor entre os dois quartos, uma cozinha com conceito aberto para sala que era bem pequena e o lavabo era atrás da casa e tinha a área da piscina.
No meu quarto eu decidi deixar minha cama de casal, um criado mudo, a poltrona de amamentação e o berço da Brigite para ela dormir perto de mim nos primeiros dias, aoutra cama que antes era do Gary eu deixei na onde será o quarto da Brig. Coloquei também a cômoda dela no quarto, montei o trocador dela que já vinha a banheira imbutida.
Meu guarda roupa de antes eu passei para o Stevie colocar no quarto que vai ser da minha filha na casa dele.
Na sala deixei apenas o sofá, agora a televisão na parede invés na estante e coloquei uma mesinha de centro, as outras coisas eu deixei em um depósito exceto a geladeira, máquina de lavar roupa e utensílios de cozinha claro.
Foi bem rápido organizar tudo com a ajuda do Stevie e do Scott.

Nessa última semana que passou eu também tirei um tempo para conversar com meus amigos e certificar-me que o Gary não tinha feito com eles o que fez com a Lydia. Não é preciso dizer que o Justin e os outros ficaram se culpando de não ter desconfiado de nada.
Também passei no meu novo médico Dr. Brontë, ele marcou meu parto para daqui há 2 semanas, eu já estava indo para o 9° mês de gestação.
Ele me explicou que por algumas alterações nos meus exames devido ao estresse e tudo que passei ele aconselha fazer césaria, tirando isso, minha bebê está muito bem, saúdavel e no peso ideal.
O Scott tem me acompanhado sempre que saio, mesmo sabendo que agora o Gary estava preso.
Ele pegou quatro anos de prisão, as provas foram mais que suficientes e não foi preciso ir ao tribunal, passar por tudo aquilo para aumentar a pena dele. Por ele ter agredido uma mulher grávida e a atitude dele de tentar fugir do país incluenciou no aumento.
Ele que iria pegar doisanos e podendo ser solto em condicional depois de um ano por bom comportamento, pegou quatro anos de prisão, só podendo ser solto em condicional depois de três anos por bom comportamento.
Eu já estava feliz com essa setença dele, mesmo achando que ele merecia muito mais por tudo que ele fez comigo.

Minha relação com o Scott continuou como uma forte amizade, eu não podia guardar rancor do pai da minha filha, nunca submeteria ela crescer em um ambiente de brigas constantes.
Conversamos sobre a possibilidade dele ficar com a Brig para eu voltar a estudar e o Stevie entrou no meio falando que poderia ficar com ela para o Scott também voltar, mas não decidimos nada ainda.
Iremos esperar para ver como isso vai acontecer mas não quero desmamar minha filha tão cedo, eu acho super importante dar o peito nos primeiros meses, e a fórmula só em caso de precisão mesmo.

Dia do parto:
Eu acordei com fortes dores e decidimos ir para o hospital as pressas ainda bem que as malas estavam todas preparadas para levar. A Lydia deu a saída maternidade, ela vai ser a madrinha da bebê. Era rosa claro com nuvens, a coisa mais linda.

Minha pressão estava baixa e a Brigite estava querendo nascer faltando três dias da data prevista. Depois de uns trinta minutos que minha pressão estabilizou, começou o procedimento para fazer o parto, dei graças a Deus que a anestesia foi muito rápida para fazer efeito.
Deixaram o Scott entrar, ele segurou minha mão enquanto falava para me distrair eu estava muito nervosa.
Meu coração estava acelerado e eu sentia que podia sair pela boca a qualquer momento, pareceu uma eternidade até eu escutar o choro dela mas sei que passou rápido.
Nisso eu já estava chorando de felicidade.
A enfermeira a segurou perto de mim para eu vê-la e naquele momento eu soube que eu daria minha vida pela dela, nunca deixaria acontecer nada com ela e depois só senti um vazio quando a enfermeira teve que levar ela.
Olhei pro Scott e ele estava chorando emocionado e eu me senti realizada mas algo aconteceu e eu me senti mal, zonza.
Escutei os batimentos desacelerando e o médico vindo até mim.
- Eu estou bem? Isso é norm... - minha voz parou, sentia um nó na garganta.
A última coisa que consegui escutar antes de tudo escurecer, foi o Scott:
A voz dele estava embolada.
- Jessie, Jessie! Por favor não me deixe. Acorda meu amor.
{•••}
Me senti leve de repente, todo aquele mal estar e zonzeira pararam e eu estava em outro lugar, estava em casa.
Na cozinha fazendo o café da manhã quando eu escuto passos apressados em minha direção.
- Mamãe, Mamãe! - Brig veio em minha direção com os braços abertos pra me abraçar.
Ela parecia ter 5 anos, estava com sua mochilinha nas costas. Eu reconhecia a mochila! Era muito parecida com a que eu tinha quando eu comecei a estudar.
Por alguma razão, me veio a cabeça que iria ser o primeiro dia dela na escolinha.
Ela tinha os cabelos loiros quase castanho amarrado em uma trança.
- Papai fez em mim, olha mãe! - ela deu uma viradinha pra trás.
Scott apareceu na cozinha, falou com ela alguma coisa que eu não consegui compreender, ela sorriu e foi pra sala.
Ele veio até mim e me beijou, era o mesmo beijo que eu me lembrava de repente me senti segura e feliz.
- Amor, fica comigo pra sempre! Eu te amo tanto. - ele me abraçou forte, voltando a falar: - Por favor, não me deixe! Acorde!

O ÓDIO E O AMOR andam juntosOnde histórias criam vida. Descubra agora