Capítulo 4

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Pv. Anastácia

Fico parada olhando sem acreditar no que meus olhos veem isso só pode ser brincadeira, ou castigo da vida, uma charrete? Sério isso Deus? Bom melhor não falar nada já vi que a pessoa não é das mais educadas, ainda bem que mora no meio do mato assim ninguém precisa conviver com a falta de educação dele.

-Vai ficar me olhando? Coloca logo a mala aí atrás e sobe não estou por sua conta. – ele diz e o fuzilo com o olhar, mas não digo nada.

Fico um bom tempo tentando colocar minhas malas na charrete, pensando bem não deveria ter trazido tanta coisa pra só uma semana, se é que vou aguentar esse Shrek por uma semana, tenho minhas dúvidas, mas por enquanto não vou dizer nada, por que a minha boa educação manda sermos educados com quem nos recebe em sua casa, neste caso vou ficar calada.

Subo na charrete, ele segue o caminho, começo a olhar para os lados e só vejo mato e mais mato nada além de mato, meu Jesus amado será que foi uma boa idéia estar no meio do nada com o ser que nunca vi na vida?

Pelo menos ele não abriu mais aquela boca, olho para ele de canto de olho e que boca! Resolvo quebrar o silêncio.

- Vai demorar muito pra chegar? – pergunto já não aguentando mais ser sacudida.

- Falta pouco, estamos quase chegando. –ele responde seco e quando termina de falar escuto um barulho e vejo que ele olha para a roda da charrete e me olha de volta, começo a me preocupar olho um pouco assustada, será que essa é uma desculpa pra fazer alguma coisa comigo? Bem que não seria uma má idéia observando bem ele é muito bonito um ogro, mas bonito.

Ok Anastácia Stelle que tipo de pensamento é esse?

- A roda da charrete quebrou, vamos ter que terminar o trajeto a pé. – ele diz explicando o motivo do barulho.

- A pé? Como vou fazer com as malas e eu estou de salto, você já olhou a estrada? Ta cheia de lama eu não vou a pé. –digo irritada

-Então fiquei aí Srta. Stelle por que eu estou indo, ah só cuidado com as onças costuma sumir alguns animais por aqui a noite no outro dia só achamos a carcaça. – ele diz dando um sorrisinho cheio de dentes.

-Pulo o mais rápido que posso da charrete. - ah que vontade de quebrar esses dentes só pra acabar com esse sorriso sínico, ele solta o cavalo e vai pra trás da charrete, graças a Deus ao menos vai me ajudar com as malas dessa vez, o vejo pegar uma caixa pequena e sair andando, ta bom ele não vai ajudar com as malas é um idiota mesmo lindo, mas completamente idiota.

Ele sai andando na minha frente e com certa dificuldade tiro minhas malas e começo a segui-lo, vou xingando até a oitava geração dele, pensando bem isso não culpa só dele é também do meu pai por me mandar pra esse fim do mundo com um cara que parece uma porteira de tão grosso, estou com tanto ódio da cara dele que começo a rir sozinha se não fosse trágico seria cômico.

Resolvo parar, pois meus pés estão me matando estamos andando a mais de 40 minutos e nunca mais que chega essa fazenda, ele olha pra trás não diz nada e segue caminhando, isso mesmo idiota quanto mais distante melhor bufo frustrada por ter deixado meu pai me enfiar nessa enrascada, ah, mas ele vai me ouvir ah se vai.

Me perco em meus pensamento e quando olho para os lados ele desapareceu, ele vai voltar eu sei que vai, afinal eu sou visita em sua casa ele não pode me deixar pra trás, fico cerca de 10 minutos parada esperando a "porteira" voltar e nada, ok Anastácia isso está ficando estranho não passou uma viva alma neste tempo em que estou aqui e nem sei pra onde ir, quando olho novamente pra estrada, tem um homem enorme com um cara de mal vindo em minha direção, olho para os lados a procura de algo para me defender, mas é tarde demais ele para na minha frente.

POTRANCA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora