POTRANCA (CONCLUÍDA)

Capítulo 18

Sem revisão.

Ana minha rainha, abrigada pela ajuda.

Pv. Christian

Fico na estação por um tempo, tentando entender o que fez ela ir embora, sem se despedir, sem explicar, estou completamente perdido, não sei o que fazer, respiro fundo me levanto e vou caminhando para o carro, entro e fico sentado olhando pra frente, sem saber que rumo tomar, meu telefone toca e vejo que é minha, ela deve estar preocupada.

-Oi mãe. 

-Christian meu filho onde você e Ana se enfiaram, estou preocupada com vocês. 

-Já estou voltando, quando chegar a gente conversa. 

-Está tudo bem? - pergunta preocupada.

-Já estou indo, até daqui a pouco. - digo desligando, não dando chance pra ela responder

Ligo o carro e vou pra fazenda, no caminho vou pensando em tudo que aconteceu nesses dias, se ela tivesse ido embora depois que joguei água nela enquanto ela dormia eu até entenderia, mas depois de ontem, depois da noite que tivemos, depois de tudo que conversamos, como posso entender, e sai do quarto ela estava dormindo, tudo entre a gente tinha se acertado, o que será que aconteceu? Vou perdido em pensamentos que só percebo quando chego na porteira da fazenda, vim dirigindo no automático, pois nem eu sei como cheguei até aqui.

Estaciono o carro e de longe avisto Dona Grace na varanda da casa,  com a mão no peito, minha mãe sempre me conheceu muito bem, as vezes não preciso dizer nada e ela já sabe o que se passa, desço do carro já pronto para o interrogatório vou me aproximando e ela vai me analisando posso ver no seu olhar o ponto de interrogação que ronda sua mente, mas o que me surpreende é que ela não questiona nada, apenas me abraço, um abraço que me conforta que me diz que ela está aqui, vamos pra dentro de casa, me sento na sala e encaro a parede.

-Você está péssimo, sobe vai tomar um banho, e vem pra comer alguma coisa. - ela diz me olhando, dou um aceno de cabeça e sigo para o meu quarto, e vou direto pro banho e meus pensamos novamente estão nela.

É uma merda esse sentimento de impotência, por não saber o que aconteceu ou seja lá o que eu fiz ou o que ela acha que fiz, dou um murro na parede, e a raiva me toma.

Sempre achei uma baboseira essas coisa de amor, aí quando eu resolvo me abrir, deixar que alguém entre no meu coração e me mostre como é estar apaixonado, me envolvo justamente com Anastácia, ela é linda inteligente, esperta, com os olhos mais lindos que já vi em toda minha vida, mas ela foi embora e eu não quero e não vou sofrer por ela, passei minha vida toda sozinho e vou continuar assim, mulher nenhuma se aproxima mais de mim da forma que ela se aproximou.

Saio do banho me seco visto uma roupa confortável e vou deitar não estou com fome, e não estou afim de encarar ninguém, sei que todos estão como eu perdidos, sem entender o que aconteceu pra ela ter partido assim.

Acordo com a claridade batendo no meu rosto, esqueci de fechar as cortinas ontem, merda minha cabeça está explodindo, hoje não quero ver ninguém então vou ficar deitado, tomara que ninguém me incomode, mal concluo meu raciocínio e escuta batidas na porta, inferno um homem não pode querer ficar sozinho pelo menos um dia na vida, ouço novamente batidas e desta vez a voz da minha mãe acompanha as batidas.

-Christian, abre essa porta eu sei que você está acordado. - vou ficar quieto daqui a pouco ela desiste.

-Sei que você está me ignorando mas eu não vou sair daqui até você abrir essa porta. - continuo em silêncio

-Taylor. - ouço ela gritar, e tudo fica em silencio, o que ela vai fazer?

-Arromba a porta por favor. - minha mãe, dou um pulo da cama e abro a porta correndo, e quase sou atropelado por Taylor que se joga pra cima do meu corpo com tudo, fazendo nos dois cairmos, me levanto e ajudo Taylor, que está se desculpando totalmente sem graça e se retira, Dona Grace fica me encarando com uma cara nada boa.