Capítulo 28

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Pv. Anastácia

—O que você está aprontando? Por que deste sorriso no rosto? — Pergunta desconfiado.

—Abre logo essa caixa. — Digo brava, quando abre a caixinha, fica em silêncio não diz nada, e meu coração dispara, será que ele não gostou? Ele pediu um filho desde o dia do nosso casamento, agora está encarando a caixinha com os sapatinhos sem dizer uma única palavra.

—Christian, você não gostou da surpresa? — Ele me olha sério e não diz uma palavra, começo a ficar com medo da sua reação, burra é isso que você é Anastácia, quando parou o remédio deveria ter conversado com ele e agora a reação não foi a que você esperava, meus olhos se enchem de lágrimas, e ele continua calado.

—Fala alguma coisa pelo amor de Deus. — Falo mais para mim do que para ele, seus olhos não me dizem nada seu rosto não demonstra nenhum sentimento, ele me olha, mas seu olhar está perdido, seus olhos dessem para minha barriga, e o silêncio reina no quarto.

—Você tem certeza? — Ele resolveu abrir a boca.

—Sim. — Já não consigo mais segurar as lágrimas ele se levanta da cama e caminha em minha direção.

—Eu te amo! —Se ajoelha a minha frente abraça e beija a minha barriga, me abraça e encosta o ouvido. — Fala para o papai que você é um menino, por favor. — Ele diz e eu começo a rir e a chorar.

—Para de ser bobo, pode ser uma menina também, qual o problema? — Ele levanta de uma vez e começa a andar de um lado para o outro do quarto passando as mãos nos cabelos.

— Uma Shrequinha? Isso vai dar merda Anastácia, você sabe com quantos anos ela pode ir para o convento? Ah meu Deus — diz com a mão no peito como se tivesse sofrendo um enfarto. — Seu pai vai infernizar minha vida. — Começo a rir do seu desespero.

—Primeiro tem certeza que vai chama-la de Shrequinha? — Pergunto com uma sobrancelha arqueada, ele vira o rosto para mim, igual a mulher do exorcista com o rosto assustado e ao mesmo tempo sério, muito sério.

—Não chame minha filha assim Anastácia. — Opa nome todo ele está mesmo bravo.

—Foi você quem disse primeiro. — Falo com as mãos na cintura. —Segundo minha filha não vai para convento a não ser que ela queira ir. — Me aproximo dele. — Terceiro não sofra por antecedência, vamos só curtir este momento.

—Eu te amo, você está certa. — Me dá um beijo. — Tudo bem, é isso mesmo não sofrer, eu não vou sofrer, até porque não tem motivo para sofrer certo? — Fica repetindo várias vezes a mesma coisa.

—Christian, para, você queria um filho você me pediu várias vezes, pensei que fosse ficar feliz e não surtar desta forma.

—Eu estou feliz amor, muito feliz, só que meu coração acelera só de imaginar uma mini shreq... quer dizer uma mini você correndo por aí, enquanto ela estiver pequena tudo bem, problema é crescer, mas eu não vou mais pensar nisso, aliás você está sentindo alguma coisa, você não pode ficar em pé deita aqui. — Diz me sentando na cama. — Fique sabendo que a partir de hoje você não sai desse quarto Anastácia, você tem que ficar de repouso. — Puta merda era só o que me faltava.

—Mas é nem morta que fico aqui dentro, repouso é depois do parto Christian e não agora eu estou bem, não sinto nada, amanhã tenho médico marcado lá você pode tirar todas as dúvidas, enquanto isso vida que segue.

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Estamos a caminho do consultório médico, o silêncio reina no carro, Christian acha que estou doente, chegamos ao consultório e ele me "ajuda" a descer do carro e vai segurando meu braço como seu eu fosse cair.

POTRANCA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora