Capítulo 26

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Pv. Anastácia

—Ana?

—Hum

—Casa comigo?

Acho que não entendi, abro os olhos com dificuldade, e vejo expectativa nos seus lindos olhos cinzas, ele está fazendo carinho no meu rosto e isso é muito bom, casar? Meu Deus, casar? Será? Continuo olhando para ele por um tempo, e agora é ele quem fecha os olhos, casamento eu estou pronta para casar, mas voltar para casa significa ficar longe dele, eu consigo ficar longe dele? Na mesma hora me vem as duas semanas que passei longe, o inferno que vivi nessas duas semanas, a saudade que senti, o medo absurdo que tive que ele não saísse daquele hospital com vida, o pavor que senti quando ele disse que não se lembrava de mim.

—Christian. — O chamo fazendo carinho em seus cabelos, ele não responde mas sei que está acordado.

—Christian eu sei que está acordado, olha para mim. — Ele faz que não com a cabeça.

—Não quer saber minha resposta? — Ele faz que não com a cabeça outra vez.

—Tudo bem. — Fico quieta, mas de olhos abertos, olhando seu lindo rosto, ele está com medo da minha resposta, até eu estou com medo, ele abre os olhos e dou um sorriso.

—Te peguei. — Ele fecha os olhos outra vez. — Olha para mim agora. — Falo um pouco mais brava, e na mesma hora ele abre e vejo que está triste, faço carinho em seu rosto.

—Sim! — Ele arregala os olhos levanta a cabeça e cola nossas testas.

—Repete. — Pede

—Sim, sim, sim e sim. — Ele deita em cima de mim e distribui beijos pelo meu rosto.

—Eu te amo, eu te amo muito e prometo te fazer a mulher mais feliz deste mundo. — Diz me apertando em um abraço.

—Eu também te amo. — Agora vamos dormir que daqui a pouco eu vou viajar, dou um beijo nele e me aconchego ao seu corpo e fecho os olhos. —Boa noite.

—Boa noite. — Ele diz e continua fazendo carinhos no meu acabelo.

—Ana. — Meu Deus ele não vai me deixar dormir, fico em silêncio.

—Ana...eu não consigo dormir — continuo em silêncio para ver se ele dorme. — Ana.

—Meu Deus Christian, dorme homem. — Digo rindo, mas eu preciso dormir

—Não consigo, quero conversar. — Olho para o relógio são três da manhã bufo, porque sei que ele não vai me deixar em paz.

—Sobre o que quer conversar. — Ele abre um sorriso lindo.

—A gente pode casar quando você voltar de viagem? — Pergunta feliz e é impossível não rir da sua empolgação.

—Christian eu vou ficar fora só três dias, eu preciso conversar com meus pais, preciso organizar minhas coisas em Seattle, não precisa dessa pressa toda. — Digo com calma para que ele entenda, ele pula da cama e começa a andar de um lado para o outro e passa as mãos no cabelo, ele está nervoso. — Calma não precisa ficar assim, eu vou e volto e depois conversamos sobre isso pode ser?

—Não, eu já sei o que vou fazer. — Sai e volta com uma bolsa na mão joga um monte de roupa dentro dela de qualquer jeito, começo a rir do seu desespero, ele me olha serio mas continua sua tarefa, fecha a bolsa e deixa no canto do quarto, deita novamente, e me puxa para os seus braços. — Amanhã eu vou com você, vou conversar com seus pais hoje é terça e no sábado a gente se casa, e isso não está em discussão, agora dorme que vamos sair cedo. — Fala sério e fecha os olhos, e agora quem pula da cama sou eu.

POTRANCA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora